Historiador afirma que são necessárias políticas que incentivem a literatura feirense na cidade
Ele cita diversos autores que tiveram Feira de Santana como cenário de suas obras
O historiador e professor Clovis Ramaiana, em entrevista concedida ao portal “De Olho na Cidade”, abordou diversos autores feirenses e os temas importantes tratados em suas obras.
Aloísio Resende foi citado como figura fundamental para a literatura de Feira de Santana. O poeta parnasiano tratava de assuntos como a perseguição religiosa, o racismo, a agressão contra pessoas que praticavam o candomblé e religiosidades africanas.
Outros autores como Roberval Pereyr, Juarez Bahia, Muniz Sodré e Gastão Guimarães foram também exaltados por seus trabalhos. “Setembro na Feira” de Bahia e “O Bicho Que Chegou a Feira” de Sodré expõem a história de Feira com base no ponto de vista do povo negro.
“A gente precisa criar políticas públicas de acolhimento à juventude para que as escolas não sejam tratadas como degraus mas que sejam tratadas como espaços formativos da juventude”, aponta Ramaiana. Ele acrescenta que devem haver mais iniciativas que incentivem a educação através de autores feirenses permitindo uma liberdade de expressão artística para uma cidade mais democrática.
O professor foi questionado sobre o papel da tecnologia e como ela afeta o hábito de leitura da sociedade e concluiu que vê os celulares como um facilitador e aliado para a literatura.
A entrevista de Clovis Ramaiana faz parte do projeto “Feira de Santana 200 anos”, que tem o objetivo de celebrar a história e o futuro da população de uma cidade tão crescente e importante. Idealizado por Jorge Biancchi, o projeto em seu II encontro reunirá representantes de diversos segmentos para pensar o planejamento estratégico da cidade.