Bahia

Guerra da Ucrânia provoca falta de testes de dengue, zika e chikungunya na Bahia

A distribuição dos materiais deveria ser feita em quantidade suficiente pelo Ministério da Saúde.

17/05/2022 07h56
Guerra da Ucrânia provoca falta de testes de dengue, zika e chikungunya na Bahia
Foto: Divulgação Sesab

A Guerra entre Ucrânia e Rússia, na Europa, além do lockdown na Ásia, está ocasionando no desabastecimento de insumos necessários para a realização de testes de arboviroses realizadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz (Lacen-BA).

O problema acontece há pelo menos uma semana e, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), afeta também os 12 laboratórios municipais referência na identificação de doenças como zika, chikungunya e dengue na Bahia.

A distribuição dos materiais deveria ser feita em quantidade suficiente pelo Ministério da Saúde, mas devido aos acontecimentos geopolíticos está sendo prejudicada.

Formalmente, o órgão federal informou ao Lacen-BA que os insumos para detecção de anticorpos IgM da dengue, especificamente, dependem da produção de matéria-prima asiática, que atualmente passa por um período de isolamento social, e de um cenário propício no contexto logístico internacional, após o agravamento das condições por conta do conflito europeu.

Com relação ao reagente para chikungunya, a Coordenação Geral dos Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB), do Ministério da Saúde, disse que não houve sucesso na aquisição.

Já os reagentes de outro tipo de teste, o RT-PCR simultâneo de zika, dengue e chikungunya, apesar de serem fabricados pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), no Rio de Janeiro, enfrentam outra barreira: problemas técnicos do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio Manguinhos).

Na última segunda-feira (16), conforme disse a Sesab, a Bahia contava com os seguintes produtos nos estoques: testes sorológicos, anticorpos IgM do vírus da dengue (6 kits em estoque com 96 testes cada), anticorpos IgM do vírus chikungunya (6 kits deste insumo enviados pelo Ministério da Saúde e sem previsão de nova remessa), anticorpos IgM do vírus zika (sem restrição de insumos) e antígeno NS1 da dengue (sem restrição de insumos).

As prateleiras da secretaria contavam com testes moleculares, testes multiplex para detecção de dengue, zika e chikungunya (cerca de 400 testes no laboratório) e protocolos in house para RT-PCR single de dengue, zika e chikungunya (cerca de 500 reações para detecção de cada vírus, porém não havia enzima master mix em estoque, inviabilizando a realização dos testes).

*Bahia Notícias

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