Saúde

Ginecologista esclarece dúvidas sobre produtos para o ciclo menstrual

Dra. Márcia Suely aborda não apenas as questões de segurança e praticidade, mas também a sustentabilidade desses produtos.

18/02/2025 06h03
Ginecologista esclarece dúvidas sobre produtos para o ciclo menstrual

Na última edição do quadro Mulheres em Pauta, transmitido no programa Cidade Pauta pela Rádio Nordeste FM, a ginecologista Dra. Márcia Suely trouxe um tema de grande interesse para as mulheres: a escolha entre absorventes descartáveis, coletores menstruais e calcinhas absorventes. A médica abordou não apenas as questões de segurança e praticidade, mas também a sustentabilidade desses produtos.

“Pode parecer um assunto simples, mas muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre qual produto escolher, como usar e qual o impacto no meio ambiente”, destacou Dra. Márcia. Ela lembrou que, ao longo do tempo, os avanços na tecnologia trouxeram alternativas que garantem mais conforto e higiene.

Os absorventes externos descartáveis continuam sendo os mais utilizados. Segundo a ginecologista, a grande vantagem é a facilidade de encontrá-los e a diversidade de modelos disponíveis para diferentes fluxos. No entanto, ela alertou sobre alguns pontos negativos, como o risco de alergias e o impacto ambiental.

“Cada absorvente demora de 500 a 800 anos para se decompor. Uma mulher pode usar cerca de 20 mil absorventes ao longo da vida, gerando uma enorme quantidade de lixo. Esse é um grande problema ambiental”, explicou.

Já os absorventes internos, apesar de oferecerem mais liberdade para mulheres com rotinas agitadas, exigem cuidado redobrado.

“Eles devem ser trocados a cada quatro ou seis horas no máximo. Se deixados por mais tempo, podem criar um ambiente propício para infecções graves, como a Síndrome do Choque Tóxico”, alertou.

Uma das alternativas mais discutidas foi o coletor menstrual, um pequeno copo de silicone que coleta o sangue menstrual dentro da vagina.

“Diferente dos absorventes internos, ele não resseca a mucosa e pode ser usado por até 12 horas sem risco de infecção”, disse a médica.

Além da segurança, a sustentabilidade também é um grande benefício.

“Os coletores são reutilizáveis e duram de 5 a 10 anos. O investimento inicial pode variar de R$ 30 a R$ 160, mas, a longo prazo, gera economia para o bolso e para o meio ambiente”, acrescentou.

Dra. Márcia também desmistificou a dificuldade no uso do coletor.

“Ele é maleável e fácil de colocar. Exige um pouco de prática, mas os fabricantes oferecem instruções detalhadas para facilitar a adaptação.”

Outro produto que vem ganhando popularidade são as calcinhas menstruais, que possuem um forro absorvente capaz de reter o fluxo.

“São uma boa alternativa para quem busca conforto e quer evitar o descarte excessivo de absorventes descartáveis. Além disso, são laváveis e reutilizáveis”, explicou.

A escolha ideal depende de cada mulher

Dra. Márcia ressaltou que não existe uma única opção correta para todas.

“Cada mulher deve avaliar sua rotina, seu fluxo menstrual e suas preferências. O importante é que todas saibam que há alternativas seguras, confortáveis e sustentáveis disponíveis.”

A médica ainda reforçou que informações sobre saúde feminina devem ser amplamente debatidas.

“Quanto mais falamos sobre o assunto, mais ajudamos as mulheres a fazerem escolhas conscientes para seu corpo e para o planeta.”

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