Furtos em série no bairro SIM causam prejuízo de até R$ 1 milhão
Valor real das perdas pode ser cinco vezes maior do que o montante apurado
A Polícia Civil da Bahia identificou o homem suspeito de cometer uma série de furtos em condomínios residenciais de alto padrão no bairro SIM, em Feira de Santana. As ações criminosas, que ocorreram desde o final de abril, envolveram arrombamentos e escaladas e resultaram na subtração de joias, dólares em espécie, equipamentos eletrônicos e outros bens de alto valor. A investigação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR).
Segundo o delegado titular da DRFR, José Marcos, o investigado, de 50 anos, confessou ao menos oito invasões a residências e indicou ter atuado em mais casos ainda não registrados formalmente. Ele já possui antecedentes criminais e é egresso do sistema prisional pelo mesmo tipo de crime.
“Conseguimos identificá-lo e ele foi conduzido à delegacia, onde confessou todos os crimes. Estimamos que o prejuízo total causado por ele possa superar um milhão de reais, considerando o valor real dos itens subtraídos. Apesar de ter vendido esses bens por cerca de R$ 100 mil a R$ 200 mil no mercado negro, sabemos que o valor de mercado é muito maior”, explicou o delegado.
Após a divulgação do caso na imprensa, novas vítimas começaram a procurar a delegacia para relatar furtos semelhantes. Um dos registros mais recentes envolve um relógio importado avaliado em R$ 38 mil e uma corrente de ouro de R$ 1 mil, totalizando mais de R$ 40 mil em perdas para uma única vítima.
Apesar das confissões, o suspeito não foi preso, já que não houve flagrante no momento da abordagem. A Polícia Civil, no entanto, continua monitorando seus passos.
“Como ele não foi pego no ato do crime, a legislação permite que ele responda em liberdade. Mas seguimos monitorando. Caso haja qualquer movimentação suspeita, podemos atuar novamente, seja com prisão em flagrante ou pedido de prisão preventiva”, informou José Marcos.
A investigação também avança na tentativa de localizar os receptadores dos produtos furtados. O delegado revelou que parte dos bens pode ter sido levada para outro estado.
“Já temos indicativos de quem seria o receptador, em outro estado. Vamos realizar diligências nesse local para tentar identificá-lo e responsabilizá-lo. Objetos como joias são difíceis de rastrear, pois costumam ser derretidos para produção de novas peças. Mesmo assim, estamos trabalhando para identificar e indiciar também quem comprou esses produtos”, destacou.
O investigado foi formalmente indiciado por furto qualificado, praticado em continuidade delitiva. Somadas, as penas pelos crimes cometidos podem ultrapassar dez anos de reclusão, além de multa.
*Com informações do repórter Robson Nascimento
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