O Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (FLIFS) vive um sábado (27) de intensa movimentação, confirmando a força da literatura popular, do artesanato e da diversidade cultural. No penúltimo dia de atividades, cordelistas, artesãos e visitantes lotaram a praça, reforçando a importância do evento para a cena artística da cidade.

A coordenadora do festival, Cristiana Oliveira, destacou a presença maciça do público.

“A praça esteve cheia todos os dias, desde o primeiro. Superamos as expectativas e certamente ultrapassaremos as 50 mil pessoas do ano passado. A programação é robusta, plural e diversificada, com atrações que agradam a todos os gostos”, comemorou.

Entre os destaques, o cordel manteve o protagonismo. O veterano Franklin Machado, que comemora 50 anos de carreira e mais de 500 títulos publicados, compartilhou suas inspirações.

“Desde menino eu ouvia as histórias dos vaqueiros da fazenda dos meus avós e isso me inspirou e fiquei impregnado de história. Já perdi a conta, mas tenho mais de quinhentos cordéis escritos”, contou.

A tradição familiar também marcou a trajetória de Izabel Nascimento, que participa do FLIFS pela oitava vez.

“Meu pai era cordelista e minha mãe também escrevia. Cresci nesse ambiente. Tenho mais de cinquenta folhetos e até meu projeto de mestrado foi todo em cordel. Cada passo da mulher que escreve é uma conquista”, ressaltou.

O artesanato ganhou espaço especial com a estreia de Jucilene Santos, que apresentou peças autorais e sustentáveis.

“Venho de uma família de artesãos. Produzo ecobags personalizadas, cada uma única e com foco na sustentabilidade, para reduzir o uso de plástico. Adorei a oportunidade de estar aqui”, disse animada.

Com contações de histórias, shows musicais e atividades voltadas para formação de leitores, o FLIFS encerra neste domingo (28) sua programação.

*Com informações do repórter Rafael Marques