Fisioterapeuta explica o impacto do sedentarismo nas dores de coluna
Para entender melhor essa situação e discutir formas de prevenção e tratamento, conversamos com a fisioterapeuta Valéria Souza, especialista em reabilitação.
As dores lombares e cervicais têm se tornado queixas frequentes nos consultórios médicos, refletindo um problema crescente na sociedade moderna. Para entender melhor essa situação e discutir formas de prevenção e tratamento, conversamos com a fisioterapeuta Valéria Souza, especialista em reabilitação.
Valéria Souza começa destacando que o sedentarismo é um dos principais fatores associados ao aumento das dores na coluna.
“Hoje, estudos mostram que pessoas sedentárias têm 50% mais chance de sofrer de dores na coluna comparadas às que são ativas fisicamente,” explica a especialista. Ela também aponta a má alimentação e a postura inadequada como fatores que contribuem para o problema. “Pessoas que passam muito tempo sentadas, seja no trabalho ou em casa, frequentemente apresentam dores na coluna,” acrescenta.
O uso excessivo de tecnologia, como celulares e computadores, também é uma preocupação crescente. Valéria observa que o tempo prolongado em posturas curvadas, como ao usar o celular, sobrecarrega estruturas articulares e musculares.
“Esse estilo de vida moderno, aliado ao uso prolongado de dispositivos tecnológicos, tem contribuído para problemas como hérnia de disco e bico de papagaio, que têm aparecido com mais frequência em pessoas mais jovens,” diz.
Para prevenir dores na coluna, Valéria recomenda a prática regular de atividades físicas. “Não se trata apenas de musculação. Caminhadas, pilates e corridas também são opções viáveis para manter a saúde da coluna,” destaca. Além disso, ela sugere que os pacientes avaliem aspectos do seu dia a dia, como a qualidade do colchão e a ergonomia da cadeira de trabalho.
Em relação ao tratamento de dores já existentes, a fisioterapeuta enfatiza a importância de buscar tratamento especializado.
“Muitas pessoas recorrem à automedicação, o que pode ser perigoso e mascarar problemas reais. Um tratamento especializado ajuda a identificar a causa da dor e a tratá-la de maneira adequada,” afirma.
Valéria também destaca a importância da fisioterapia especializada na recuperação. “Cada paciente sente a dor de forma diferente, então é fundamental personalizar o tratamento com exercícios e alongamentos adequados para melhorar a mobilidade e aliviar a tensão muscular,” explica. Além disso, a educação sobre a dor e as causas subjacentes é essencial para a recuperação. “Explicar ao paciente o que está acontecendo, o que evitar e o que pode ser feito faz toda a diferença no tratamento e na melhoria da qualidade de vida,” conclui.