Filha de metalúrgico morto após briga de trânsito diz que não consegue dormir, nem se alimentar direito
A prisão do suspeito já foi decretada pela polícia, porém, ele ainda não foi localizado
A família do metalúrgico Jacivaldo Pereira Gomes, de 44 anos, morto no último dia 15, após uma colisão de trânsito, na Avenida Eduardo Fróes da Mota, em Feira de Santana, concedeu entrevista ao programa De Olho na Cidade (Sociedade News), nesta quinta-feira (23), para cobrar justiça com relação ao crime que tem como suspeito o odontólogo Lucas Ferraz. Eles estão recebendo apoio do jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos.
“A família não está vivendo o luto, por conta da dor. De certa maneira, o crime ainda não foi solucionado. O Lucas esta foragido, está com a prisão preventiva decretada, e é lamentável toda essa situação. Como presidente do sindicato dou o total apoio à família em todos os sentidos, principalmente jurídico”, afirma Tiago Azevedo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.
Emocionada, a filha, Alana, contou que não consegue dormir e nem se alimentar direito, por conta das lembranças do ocorrido.
“A gente está em êxtase com tudo que aconteceu, digo por mim que presenciei tudo. Meu rosto está exposto e eu estou com medo, porque como foi meu pai, imagine eu que quero ver ele (suspeito) atrás das grades. Por uma leve batida, uma leve colisão, meu pai foi assassinado. Estou lutando para que ele (suspeito) seja preso. Não consigo dormir, só durmo medicada, não estou me alimentando direito e estou assustada, desesperada e destruída fisicamente. Para mim, um pesadelo sem fim. Não acho junto meu pai estar morto, e ele (suspeito) solto”, lamentou.
Para Alana, houve falha no processo de investigação.
“Com certeza. Isso não sou eu quem está falando, a população de Feira está vendo que o descaso está à vista”.
“Uma cena revoltante, de indignação, porque a gente quer justiça, não é fácil falar neste momento, mas fico me perguntando quantas pessoas vão precisar morrer para que a justiça possa acontecer? Se fosse o contrário, seria diferente. Se meu irmão tivesse agredido o tal, já estaria preso”, afirmou Tatiana Pereira Gomes, irmã da vítima.
A advogada Beatriz Melo se colocou à disposição da família do metalúrgico.
“Nós nós colocamos à disposição da família para qualquer necessidade, e tentamos auxiliar eles neste momento tão difícil. O falecimento desse metalúrgico envolve dezenas de questões criminais já estão sendo resolvidas, mas, também, questões previdenciárias e trabalhistas, referente à rescisão dele, e a questão cível, que se refere à responsabilização civil por essa morte prematura e brutal, que deixa a família desprovida do companheirismo, da segurança, da presença paterna e de tudo mais que a gente poderia irradiar”.