Fiéis de Feira de Santana participam de missa em sufrágio pelo Papa Francisco
A missa em sufrágio reforçou o sentimento de união entre os fiéis neste momento histórico para a Igreja Católica
A Catedral Metropolitana de Senhora Sant’Ana, em Feira de Santana, foi palco na tarde desta segunda-feira (21) de uma missa em sufrágio pela alma do Papa Francisco, falecido nesta oitava da Páscoa. Fiéis se reuniram reconhecendo a imensurável contribuição do pontífice para a Igreja Católica e para o mundo.
O Arcebispo Metropolitano de Feira de Santana, Dom Zanoni Demettino Castro, expressou a surpresa e o pesar com a notícia da morte do Papa, ressaltando seu legado pastoral e espiritual.
“A Igreja foi pega de surpresa com o falecimento do Papa Francisco, que marcou profundamente a vida da Igreja, o diálogo com o mundo e a construção de pontes. Ele nos apontava para uma Igreja em saída. A sua morte acontece justamente na oitava da Páscoa, tempo em que celebramos a ressurreição de Jesus.” Afirmou Dom Zanoni.
A celebração teve como objetivo orar em sufrágio da alma do Papa, conforme a tradição cristã. Dom Zanoni destacou que, apesar do luto, o momento também carrega esperança.
“É um momento de tristeza, mas sobretudo de esperança. A vida venceu a morte. A cruz não tem a última palavra. Jesus vive verdadeiramente.”
Questionado sobre a participação no conclave que elegerá o novo Papa, Dom Zanoni informou que será representado pelo Cardeal e Arcebispo de Salvador, Dom Sérgio da Rocha.
“Acompanho em comunhão. Dom Sérgio nos representará muito bem no conclave.”
Além da missa desta segunda-feira, o Arcebispo adiantou que outras homenagens serão organizadas pela Arquidiocese de Feira durante o período de vigília.
Quem também participou da celebração foi o Frei Monteiro, que compartilhou um sentimento de dor, mas também de reconhecimento ao líder católico que cativou até os não religiosos.
“Não é só um luto para a Igreja, é para o mundo inteiro. Mesmo os descrentes admiravam o Papa Francisco por sua dedicação, simplicidade e respeito pelo outro. Ele tinha um espírito ecológico forte e uma fé profunda, era um homem unido a Deus. Quem vive unido a Deus, eleva todos à sua volta”, disse o frei.
Para Frei Monteiro, o maior legado deixado pelo Papa Francisco foi o humanismo cristão.
“O cristianismo não se estabelece onde há desumanidade. O homem, para ser um bom cristão, precisa ser um bom cidadão. Esse legado do humanismo revestido de fé ativa é inesquecível.”
O pároco da Catedral, Padre Paulo Tarso, também falou sobre a dimensão do pontificado de Francisco.
“O Papa Francisco deixa um grande legado, um legado imensurável. Foi um grande reformador da Igreja, mas também falou ao mundo. Demonstrou grande sensibilidade com os pobres e com o meio ambiente, a nossa casa comum. Estamos vivendo um momento de dor, mas também de esperança”, destacou.
*Com informações do repórter Rafael Marques