Feira de Santana vai ampliar rede de saúde mental com novo CAPS AD3
Anúncio foi feito pelo secretário Rodrigo Matos durante evento em alusão ao Dia de Luta Antimanicomial
A Prefeitura de Feira de Santana vai autorizar, dentro em breve, a construção de um novo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS AD3). O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, durante a abertura do simpósio Luta Antimanicomial no Cenário Contemporâneo – Desafios atuais e despertamento das potencialidades da RAPS, realizado no auditório da Unex.
O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), marcou o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio. Na ocasião, Rodrigo Matos também adiantou que ainda este ano serão iniciadas obras de reestruturação em toda a rede de CAPS do município, começando pelo CAPS III.
“Vamos expandir a rede de saúde mental do nosso município”, destacou o secretário, ressaltando que o simpósio simboliza a essência do Sistema Único de Saúde (SUS). “A luta antimanicomial faz parte de um processo de cidadania, de inclusão, de dizer que esse paciente, essa pessoa, ela é detentora de direitos e que não deve ficar excluída da sociedade.”
Durante o encontro, que reuniu profissionais da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) local, o coordenador de Saúde Mental da Prefeitura, Joadson Andrade, enfatizou a importância do momento como uma oportunidade para refletir sobre os avanços da Reforma Psiquiátrica e os desafios ainda presentes na garantia dos direitos das pessoas com transtornos mentais.
Atualmente, Feira de Santana conta com cinco CAPS, oito residências terapêuticas e um ambulatório de saúde mental, que juntos atendem cerca de 45 mil pessoas. Dessas, 44 vivem em residências terapêuticas.
“O Dia de Luta Antimanicomial é um marco histórico. Foi através da mobilização de pacientes e familiares que os maus-tratos e o isolamento em serviços psiquiátricos vieram à tona. A partir dali, iniciou-se a transição de um modelo asilar e hospitalocêntrico para um modelo de cuidado em rede”, lembrou Andrade.
Além de palestras e debates, o simpósio também contou com exposições de trabalhos produzidos por usuários dos grupos terapêuticos dos CAPS. Estiveram presentes coordenadores dos centros, profissionais do Hospital Especializado Lopes Rodrigues e outras autoridades municipais ligadas à saúde.