Feira de Santana

Feira de Santana segue crescendo acima da média da Bahia, afirma presidente do Sicomércio

O presidente também comentou os efeitos da inflação, do aumento de impostos e das incertezas do cenário econômico nacional.

15/04/2025 10h11
Feira de Santana segue crescendo acima da média da Bahia, afirma presidente do Sicomércio
Foto: Izinaldo Barreto

O presidente do Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sicomércio), Marco Silva, avaliou positivamente o desempenho do comércio no primeiro trimestre de 2025, destacando a força da economia local mesmo diante de desafios nacionais e internacionais.

“Feira de Santana vem crescendo acima da média da Bahia. Ainda em janeiro e fevereiro tivemos geração de emprego. Continuamos sendo essa locomotiva do desenvolvimento do Nordeste”, afirmou.

O presidente também comentou os efeitos da inflação, do aumento de impostos e das incertezas do cenário econômico nacional. Apesar dos obstáculos, ele vê o momento como repleto de possibilidades: “O Brasil é o país das crises e das oportunidades, temos muitos desafios, mas também grandes oportunidades.”

Marco Silva citou como exemplo positivo a chegada de novos empreendimentos à cidade, como atacadistas, ressaltando que esse tipo de investimento só ocorre após estudos criteriosos sobre o potencial do município. “Eles não fazem nada sem estudo de mercado. Feira continua brilhando.”

Questionado sobre os possíveis impactos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o presidente foi categórico ao afirmar que o Brasil tem muito a ganhar, especialmente no setor agropecuário.

“O agro brasileiro já está vendendo tudo para a China. A China suspendeu os contratos com os EUA e acelerou com o Brasil. Então o agro vai ser valorizado”, disse.

Ele também destacou que a posição estratégica do Brasil nesta disputa abre caminhos para fortalecer o comércio internacional: “O Brasil tem uma balança comercial negativa com os Estados Unidos, ou seja, compra mais do que vende. Isso pode ser um fator de negociação para reduzir tarifas e estimular ainda mais a importação e exportação.”

Marco reforçou que o país precisa aproveitar o momento com pragmatismo, deixando de lado ideologias e priorizando os interesses nacionais. “Vamos tirar esse negócio de ideologia de lado. Países não têm amigos, têm interesses. No fundo, o que interessa é gerar riqueza, salário e renda para o povo brasileiro.”

Sobre o acordo entre União Europeia e Mercosul, o presidente criticou os entraves impostos pelos países europeus e defendeu a postura brasileira: “Dizem que a gente desmata, que usamos agrotóxicos, mas o Brasil é o país com mais vegetação nativa preservada do mundo. Na Europa, menos de 1% é mata nativa. Não é aceitável que venham dar lição de moral na gente.”

Por fim, Marco Silva concluiu que, embora o cenário internacional gere tensão, ele vê mais oportunidades do que riscos para o Brasil: “É um momento de atenção, não de relaxamento. Se o Brasil souber usar sua habilidade diplomática e afastar a politização das decisões, essa guerra comercial pode representar uma grande largada para o nosso país.”

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