Feira de Santana

Feira de Santana se prepara para a 3ª Caminhada de Combate à Violência contra a Mulher

A caminhada também tem se mostrado um espaço de acolhimento e estímulo para mulheres que sofrem violência.

24/03/2025 06h33
Feira de Santana se prepara para a 3ª Caminhada de Combate à Violência contra a Mulher
Foto: divulgação

A 3ª Caminhada de Combate à Violência contra a Mulher está prestes a acontecer em Feira de Santana. O evento, que visa conscientizar e mobilizar a sociedade sobre os direitos das mulheres, está marcado para domingo (30), com concentração a partir das 7h da manhã em frente à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM). O percurso seguirá até o Shopping Millennium e contará com apresentações musicais e manifestações culturais.

A assistente social Aleyxz Veloso, integrante da comissão organizadora, destaca a importância da caminhada para sensibilizar a população sobre a violência de gênero.

“A cidade tem abraçado muito bem essa caminhada. Vemos que até outros municípios estão se inspirando nesse movimento, pois ele tem um impacto social significativo. Muitas pessoas ainda acreditam que violência é apenas agressão física, mas ela também está na violência emocional, na exploração financeira e na manipulação psicológica”, explica.

A caminhada também tem se mostrado um espaço de acolhimento e estímulo para mulheres que sofrem violência.

“Na edição passada, uma mulher saiu do meio da caminhada e entrou na DEAM para denunciar o agressor. Isso mostra o quanto essas mobilizações são fundamentais para dar coragem às vítimas e mostrar que elas não estão sozinhas”, relata Aleyxz.

Para participar da caminhada, os interessados podem adquirir uma camisa nos pontos de troca, como a própria DEAM, a Secretaria da Mulher e a loja Carmen Steffens, mediante a doação de dois quilos de alimentos não perecíveis. Os alimentos arrecadados serão transformados em cestas básicas para mulheres vítimas de violência.

“Quando uma mulher chega à DEAM para denunciar, muitas vezes está machucada, emocionalmente e fisicamente, sem dinheiro, sem emprego e com filhos no colo. O mínimo que podemos fazer é garantir que ela tenha o básico para recomeçar”, afirma Aleyxz.

A assistente social reforça a importância dos equipamentos de apoio presentes no município, como os CRAS, CREAS, hospitais e escolas, e chama atenção para o papel fundamental da sociedade na rede de proteção.

“Todos têm um papel nessa luta. Empresas, órgãos públicos e organizações sociais precisam estar unidos para garantir que a violência contra a mulher seja combatida de forma efetiva. Não estamos falando apenas de um evento, mas de um movimento que busca transformação social”, enfatiza.

Para as mulheres que ainda têm medo de denunciar, a mensagem é clara: “Não tenham medo. A violência pode começar com palavras, mas pode evoluir para algo muito pior. Procurem ajuda, acreditem em si mesmas e na rede de apoio disponível. Vocês não estão sozinhas”, finaliza Aleyxz Veloso.

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