Feira de Santana tem se consolidado como um dos principais polos de desenvolvimento logístico do Nordeste. A avaliação é do especialista no mercado imobiliário Humberto Mascarenhas, que participou do quadro Home News e destacou o crescimento da cidade impulsionado por sua localização estratégica, infraestrutura privada e alta demanda de empresas por centros de distribuição.

“Feira sempre foi diferenciada nesse sentido devido à sua localização estratégica. Somos hoje o maior entroncamento rodoviário de todo o Norte e Nordeste. Tudo que passa por essas regiões tem que passar por Feira”, afirmou.

De acordo com o especialista, o crescimento do e-commerce após a pandemia ampliou ainda mais a necessidade por galpões logísticos modernos.

“O comércio eletrônico cria menos necessidade de lojas físicas, mas gera uma grande demanda por centros de distribuição. Feira, por conta disso, tem crescido muito nesse segmento. A vacância de imóveis com estrutura logística hoje é zero”, revelou.

Um estudo recente colocou Feira de Santana atrás apenas de Lauro de Freitas (BA) e Itaitinga (CE) no ranking nordestino do setor logístico. No entanto, Humberto acredita que os dados não refletem plenamente a realidade local.

“Esse estudo precisa ser mais aprofundado. Só um condomínio em Feira tem mais de 172 mil metros quadrados de área locável 100% ocupada. Isso mostra que Feira já deveria estar em primeiro lugar. O que falta hoje é estrutura para receber ainda mais empresas”, pontuou.

A escassez de galpões prontos é um dos principais entraves para a expansão ainda maior do setor.

“Hoje, quando recebemos uma empresa de fora, muitas vezes precisamos esperar um galpão ser desocupado ou concluído. A demanda é tão alta que os condomínios são ocupados imediatamente após a entrega”, explicou.

O perfil mais procurado no mercado são os chamados galpões logísticos ‘triple A’, com infraestrutura moderna: pé-direito de pelo menos 8 metros, docas, piso de alta resistência e segurança reforçada. Por isso, os condomínios logísticos têm se tornado protagonistas no setor.

“Além da segurança, os condomínios oferecem áreas comuns para manobra de caminhões, o que otimiza espaço e reduz perdas. A tendência no Brasil todo, principalmente em São Paulo, é essa. Feira segue essa mesma linha com potencial gigantesco”, destacou Humberto.

O especialista reforçou que o mercado de galpões em Feira de Santana representa uma oportunidade de investimento de alta rentabilidade. Os aluguéis variam entre R$ 12 e R$ 28 por metro quadrado, dependendo da estrutura e da localização.

“Um galpão moderno de 3 mil metros quadrados pode gerar algo em torno de R$ 75 mil por mês e mais do que o valor, é importante lembrar que é um investimento com baixíssima vacância, o que garante retorno rápido e contínuo”, analisou.

Humberto destacou também que a alta na procura por imóveis de qualidade se estende ao setor residencial.

“Recebemos muitas pessoas vindo morar em Feira por conta do trabalho, e a procura por imóveis de boa qualidade é alta. A vacância só é maior no setor residencial por conta da quantidade de imóveis sem padrão adequado para locação.”

Feira de Santana já é vista como referência no setor logístico em todo o país.

“Sempre que se fala em logística no Brasil, Feira é citada. Precisamos que o poder público acompanhe essa tendência e invista em infraestrutura. O feirense precisa entender a força que a cidade tem nesse segmento”, afirmou.

Humberto ainda fez questão de citar o Grid FSA, considerado por ele o maior condomínio logístico de Feira e um dos maiores do Brasil.

“O trabalho realizado ali é maravilhoso. O Luiz Leal e sua equipe foram visionários. É um exemplo que mostra que Feira está pronta para crescer ainda mais.”

Ao encerrar, deixou uma mensagem otimista aos investidores: “Feira tem demanda, tem localização estratégica e tem uma logística que só tende a crescer. Quem investir agora, com certeza, terá retorno garantido.”