Feira de Santana lança projeto inovador contra a dengue em parceria com o Ministério da Saúde
A iniciativa promete ampliar as estratégias de combate às arboviroses no município.
Feira de Santana é o terceiro município baiano a receber o projeto Inova Feira contra a Dengue, lançado nesta quinta-feira (21), no auditório da Unex, em parceria com o Ministério da Saúde. A iniciativa traz novas tecnologias para o enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, e promete ampliar as estratégias de combate às arboviroses no município.
O prefeito José Ronaldo de Carvalho destacou a importância da união entre os entes públicos para enfrentar o problema.
“É o terceiro município da Bahia que está lançando esse projeto. Foi em Ilhéus, em Vitória da Conquista e agora em Feira de Santana. É um trabalho em parceria com o Ministério da Saúde. É importante essa união em combate ao mosquito da dengue em nossa cidade. Esses equipamentos que serão apresentados aqui hoje têm dado muito bons resultados e vão continuar avançando, levando trabalho e luta incansável contra esse mosquito que tanto mal causa”, afirmou.
O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, ressaltou o caráter inovador da ação, que une três diferentes tecnologias voltadas à redução da população do mosquito.
“O Inova Feira traz tecnologias que vão desde armadilhas capazes de diagnosticar se o mosquito tem o vírus até métodos de infecção controlada da fêmea, que reduzem a reprodução. Além disso, teremos drones, uma sala de monitoramento no Centro de Combate às Endemias e 18 bicicletas elétricas que vão facilitar o trabalho dos agentes em campo. Nossa expectativa é de reduzir em mais de 50% os casos nas localidades onde o projeto for implantado”, explicou.
Segundo Rodrigo, o programa será implementado inicialmente em bairros e distritos prioritários, com possibilidade de expansão a partir dos resultados.
“É importante destacar que esses profissionais não vêm para substituir os agentes de combate às endemias, mas para somar esforços. A ideia é maximizar as ações e reduzir hospitalizações e óbitos”, completou.
O coordenador de Tecnologia e Inovação do projeto, Alex Correia, destacou que o modelo é pioneiro no país e já validado pelo Ministério da Saúde após dois anos de estudos.
“Esse ecossistema tecnológico reúne armadilhas inteligentes, monitoramento em tempo real, inteligência artificial e mobilidade com bicicletas elétricas. Serão 20 profissionais contratados, dos quais 16 irão a campo com celulares equipados com IA para registrar dados que permitirão decisões rápidas e assertivas. É um conjunto de ferramentas que pode se tornar referência para outros municípios do Brasil”, explicou.
*Com informações do repórter Rafael Marques