Feira de Santana é referência regional com aterro sanitário legalizado, destaca secretário de serviços públicos
Atualmente, o aterro de Feira de Santana recebe resíduos de seis municípios da região, e outros já estão em tratativas para aderir ao mesmo modelo.

Durante entrevista para a série especial sobre a COP 30, o secretário municipal de Serviços Públicos de Feira de Santana, Justiniano França, destacou o papel de liderança que o município exerce na gestão de resíduos sólidos, sendo um dos poucos da região a contar com um aterro sanitário totalmente legalizado e licenciado, que segue todas as normas ambientais.
“Desde 2001, Feira de Santana desativou o antigo lixão do bairro Nova Esperança e passou a utilizar um aterro totalmente legalizado, que cumpre todas as condicionantes ambientais”, afirmou o secretário. Segundo ele, o espaço é fiscalizado tanto pela Secretaria de Meio Ambiente quanto pelo Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia). “Há 23 anos garantimos um funcionamento ambientalmente correto, sem causar agressões ao meio ambiente”, reforçou.
Atualmente, o aterro de Feira de Santana recebe resíduos de seis municípios da região, e outros já estão em tratativas para aderir ao mesmo modelo. Essa integração foi incentivada por uma reunião promovida pelo Ministério Público, que indicou o aterro de Feira como referência para que outras cidades possam descartar seus resíduos de forma adequada e dentro da lei federal de resíduos sólidos.
“Essa é uma medida extraordinária. O Ministério Público está à frente porque, enquanto se fala de COP 30 e mudanças climáticas, a maioria das cidades ainda não tem um aterro sanitário estruturado. Essa alternativa encontrada é uma conquista importante”, pontuou o secretário.
Além de ampliar a vida útil do aterro, o município também está investindo na coleta seletiva e em projetos de reciclagem, que beneficiam famílias de catadores e cooperativas locais.
“Já começamos com um projeto piloto no Jardim Brasil e vamos expandir para sete condomínios, com tratativas em andamento para outros conjuntos habitacionais”, informou Justiniano.
O secretário explicou que os condomínios precisam realizar a separação dos materiais recicláveis para não serem classificados como grandes geradores de resíduos.
“Com isso, ganhamos de duas formas: reduzimos o custo do município e prolongamos a vida útil do aterro, ao mesmo tempo em que fortalecemos o trabalho das cooperativas e das famílias que dependem da reciclagem”, acrescentou.
Ele adiantou que o planejamento municipal prevê uma ampliação significativa da coleta seletiva até 2026, com o envolvimento das associações de catadores, Ministério Público e principalmente da população.
“Sem o apoio da população, não há avanço. A limpeza pública depende da colaboração de todos”, ressaltou.
O aterro de Feira de Santana, segundo Justiniano França, tem capacidade para operar por mais de 40 anos, oferecendo tranquilidade e segurança ambiental ao município e às cidades vizinhas.
“Nosso objetivo é garantir um meio ambiente mais saudável, não só para Feira, mas para toda a região”, concluiu o secretário.







