Feira de Santana dá início ao 17º Festival Literário e Cultural com homenagens a mulheres inspiradoras
A programação segue até domingo (01)
A 17ª edição do Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs) teve início nesta terça-feira (27) e se estenderá até domingo (01). Organizado pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), o evento deste ano tem como tema “Narrativas Femininas, Histórias para Resistir”, homenageando mulheres que se destacaram como escritoras, mestres de samba, bonequeiras e artesãs.
De acordo com a professora Rita Brêda, coordenadora do Flifs, o festival é pensado para toda a comunidade, com atividades gratuitas que abrangem uma vasta programação.
“Largada hoje da nossa décima sétima edição, começando hoje dia 27, vai até domingo, nos três turnos. A gente tem chamado muita atenção da comunidade, que esse é um evento construído para toda a sociedade. Todas as atividades são extremamente gratuitas”, afirmou.
A programação, que começou na manhã desta terça-feira, inclui lançamentos de livros, estandes de comercialização, encontros com escritores, mesas de debates e a Praça do Cordel, que contará com a presença de mais de vinte cordelistas.
“Todas as noites, as escolas trazem os seus projetos também para ter no seu palco a sua forma de visibilidade, compartilhando com a comunidade aquilo que vêm estudando, de literatura, de história”, destacou Rita Brêda.
Um dos pontos altos do evento será a discussão sobre narrativas femininas e histórias de resistência. Seis mulheres, quatro ainda vivas e duas que já faleceram, serão homenageadas por suas contribuições artísticas e culturais. Entre as homenageadas estão Chica do Pandeiro, que nomeia o palco principal; Marilene Brito, bonequeira, que dá nome à Arena Flifinha; e Dona Pomba, que nomeia a praça de alimentação. “Esse ano a gente tem um tema extremamente relevante que vamos debater ao longo dos seis dias sobre as narrativas femininas e histórias pra resistir”, enfatizou a professora.
O evento também conta com a participação de escritoras renomadas, como Bárbara Carine e Luciane Aparecida, que abordarão temas como questões raciais e a vida na zona rural. Além disso, o festival trará escritores e distribuidoras de Feira de Santana e região, que terão seus espaços para lançamentos e diálogos com leitores.
Uma das novidades desta edição é o “robozão”, uma inovação trazida pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado, que estará presente durante dois dias, interagindo com as crianças. “Realmente é uma programação que envolve todo o público e de vários gêneros”, comentou a coordenadora.
A abertura oficial da Flifs está marcada para as 18h desta terça-feira, com uma apresentação musical da Quixabeira da Matinha, com a participação especial de Maryzelia. O show, que será realizado no palco principal, tem um significado especial, pois dialoga diretamente com a homenageada Chica do Pandeiro, que integra o grupo Quixabeira da Matinha.
As atividades do primeiro dia começaram às 9h, com apresentações culturais, contação de histórias e uma roda de conversa com as mulheres homenageadas. Às 16h, a escritora Bárbara Carine participará de uma roda de conversa no Teatro do Sesc, abordando o papel do negro e o reconhecimento racial em suas obras.
*Com informações do repórter Rafael Marques