Feira de Santana amplia projeto de reaproveitamento de roupas no Dia Mundial do Reuso
Atualmente, a cidade já conta com mais de 20 pontos de coleta espalhados em diferentes bairros, com a meta de alcançar 40 locais, incluindo os distritos.
Na próxima segunda-feira, 25 de agosto, será celebrado o Dia Mundial do Reuso de Peças de Segunda Mão. Em Feira de Santana, a data reforça a importância de iniciativas como o Projeto Repense Reuse, que incentiva a população a dar novo destino a roupas, calçados e acessórios, evitando o descarte inadequado e promovendo um futuro mais sustentável.
Atualmente, a cidade já conta com mais de 20 pontos de coleta espalhados em diferentes bairros, com a meta de alcançar 40 locais, incluindo os distritos.
Segundo o secretário de Serviços Públicos, Justiniano França, a adesão tem sido positiva e os impactos já são visíveis:
“Em julho foram coletadas 2,3 toneladas de roupas, calçados e acessórios. Esse material, em algum momento, iria parar no aterro sanitário. Com o projeto, deixamos de mandar esse volume para o aterro e ainda conseguimos beneficiar famílias através da doação”, destacou.
Justiniano lembrou que a iniciativa nasceu de uma solicitação apresentada ao prefeito José Ronaldo e rapidamente foi incorporada como política de gestão ambiental.
“As informações que recebemos é que a roupa é o segundo maior poluidor em aterros sanitários, atrás apenas do petróleo. Com esse recolhimento, estamos cuidando do meio ambiente e fortalecendo também a questão social”, afirmou.
A expansão do projeto já está em andamento.
“Hoje temos 22 a 23 pontos de coleta. Vamos chegar a 40 e a ideia é ampliar também para os distritos, começando por Humildes e seguindo para outros que manifestarem interesse”, explicou o secretário.
A gerente de implementação do Repense Reuse, Cláudia Andrade, reforçou que a primeira fase do projeto é voltada à instalação de pontos acessíveis à população.
“Iniciamos com seis pontos e a meta é chegar a 40. Nossos estudos mostram que esse número é suficiente para atender todos os bairros, garantindo acesso à população”, disse.
Ela destacou que a segunda fase será dedicada à triagem do material arrecadado.
“Vamos avaliar o estágio de cada peça, o tempo de vida útil e como ela pode ser reutilizada ou reinserida no mercado, gerando economia circular”, explicou.
Para Cláudia, o impacto vai além da preservação ambiental:
“O setor têxtil é considerado o segundo maior poluidor do mundo, atrás apenas do petróleo. A roupa, quando descartada de forma incorreta, polui muito e se degrada rapidamente. Por isso, nosso objetivo é oferecer ao município e à população um destino correto, transformando esse resíduo em benefícios sociais”, afirmou.
Segundo ela, parte dos recursos captados com a gestão do pós-consumo será destinada a projetos sociais em Feira de Santana, que já estão em análise de viabilidade.
*Com informações do repórter Rafael Marques