Projeto Feira 200 anos: Líderes do comércio e do agro debatem perspectivas de renovação em Feira de Santana
Com um futuro promissor à frente, tanto o comércio quanto o agronegócio de Feira de Santana prometem se consolidar ainda mais, mantendo a cidade como um dos principais polos econômicos do Norte e Nordeste.
Feira de Santana, que já foi referência no setor agropecuário e consolidou-se como um dos maiores centros comerciais do Nordeste, se prepara para celebrar seus 200 anos daqui a nove anos. Durante o 3º encontro Feira rumo aos 200 anos, importantes figuras do comércio e do agronegócio discutiram os desafios e as oportunidades para o futuro da cidade.
No painel “Feira 200 anos e o futuro do comércio e do agro”, Luiz Bahia Neto, presidente da UNAGRO, Edson Piaggio, presidente do Instituto Pensar Feira e fundador do Shopping Boulevard, e Luiz Mercês, empresário das lojas Mersan e vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), compartilharam suas visões sobre o desenvolvimento econômico da cidade.
A retomada do agro em Feira de Santana
Luiz Bahia Neto destacou o papel histórico da cidade no setor agropecuário. “Feira de Santana nasceu dentro do comércio de gado, e por muitos anos o agronegócio foi o carro-chefe da economia local. Durante décadas, o preço do boi gordo era definido aqui e isso influenciava todo o estado da Bahia”, relembrou.
Segundo ele, a cidade perdeu protagonismo no agro nos últimos anos, especialmente com o crescimento da agricultura no oeste da Bahia. Contudo, há um esforço para resgatar essa relevância.
“Nós, da UNAGRO, temos como objetivo retomar esse protagonismo antes dos 200 anos da cidade. Já realizamos eventos importantes, como o Encontro de Comissões do Agronegócio, trazendo nomes de peso como João Martins, presidente da CNA, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado”, afirmou o presidente.
Luiz Bahia Neto também destacou o sucesso da última edição da Expofeira, após um intervalo de quatro anos, que registrou recorde de público com cerca de 300 mil visitantes ao longo de sete dias.
“A Expofeira é a prova de que a cidade ainda prestigia e valoriza o agronegócio, e estamos empenhados em fortalecer tanto a pecuária quanto a agricultura familiar na região”, concluiu.
O futuro do comércio: digitalização e expansão
Edson Piaggio celebrou os 25 anos do empreendimento e projetou o futuro do comércio na cidade.
“Feira de Santana sempre foi um entroncamento comercial importante, o maior do Brasil. A cidade tem vocação natural para ser um centro de logística e distribuição, e isso só vai se intensificar nos próximos anos, principalmente com a chegada de novos empreendimentos”, afirmou.
Piaggio destacou que a digitalização, antes vista como ameaça ao comércio físico, agora se mostra uma aliada.
“Estamos vivendo uma era de integração entre o físico e o digital, o chamado ‘fisital’. O Boulevard Shopping, por exemplo, já começa a se beneficiar dessa união, e acredito que até os 200 anos de Feira, já teremos mais um grande centro comercial na cidade”, disse.
Luiz Mercês, vice-presidente da CDL, reforçou a importância do comércio para o desenvolvimento econômico local.
“Feira de Santana vende mais calçados do que Salvador, é o maior centro distribuidor de produtos alimentícios e bens de consumo para mais de 100 municípios da região. A localização estratégica da cidade faz dela um ponto crucial para o comércio no Nordeste”, explicou.
Ele também enfatizou o impacto das campanhas comerciais na cidade, como o “Liquida Feira” e o “Natal Encantado”, que atraem consumidores de toda a região.
“Feira tem crescido em todos os bairros, com novos estabelecimentos sendo abertos a todo momento. Nos próximos anos, veremos ainda mais shoppings, novas artérias comerciais e o fortalecimento de setores que geram emprego e renda para a população”, concluiu.