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Fé e comoção marcam velório do Papa Francisco na Basílica de São Pedro

Silvonei José, direto dos estúdios da Rádio Vaticano, narra os últimos momentos e a homenagem comovente ao pontífice

23/04/2025 07h32
Fé e comoção marcam velório do Papa Francisco na Basílica de São Pedro
Foto: REUTERS/Carlos Barria

O corpo do Papa Francisco foi conduzido da Casa Santa Marta à Basílica de São Pedro na manhã desta quarta-feira (23). A procissão fúnebre, marcada por gestos de fé e reverência, teve início com uma oração na capela da residência papal e seguiu pelas ruas internas do Vaticano até o altar da confissão, onde fiéis começaram a prestar homenagens ao pontífice que faleceu na segunda-feira de Páscoa.

Silvonei José, jornalista e coordenador da Rádio Vaticano e do Vatican News, compartilhou detalhes emocionantes da despedida.

“O caixão com o corpo do Papa Francisco percorreu a Via de la Conciliazione, atravessando a Praça dos Protomártires Romanos e passando pelo Arco dos Sinos, saudado por cerca de 20 mil pessoas com longos aplausos e orações,” relatou Silvonei.

A Basílica de São Pedro foi aberta para visitação dos fiéis a partir das 11h da manhã (horário local), permanecendo aberta até meia-noite. Nos dias seguintes, o local continuará a receber os devotos em horários estendidos, até a véspera do funeral, marcado para sábado (26).

Silvonei destacou também a presença e o papel do cardeal carmelengo Kevin Farrell, do mestre das celebrações papais Don Diego Ravelli e dos crediários pontifícios, que carregaram o caixão durante a procissão.

“Foi um momento de profunda emoção e respeito. Francisco estava, mais uma vez, entre o povo que tanto amava.”

Entre os momentos mais tocantes, o jornalista revelou detalhes das últimas palavras do Papa, um agradecimento ao seu assistente pessoal de saúde, Massimiliano Strappetti.

“’Obrigado por me trazer de volta à praça’, disse o Papa após a sua última volta no papa-móvel, no domingo de Páscoa. Um gesto que emocionou a multidão e simbolizou o seu desejo de estar sempre próximo dos fiéis, mesmo nos seus últimos dias”, contou Silvonei.

Strappetti esteve ao lado do Papa durante os 38 dias de internação no Hospital Gemelli e permaneceu 24 horas por dia com ele durante a convalescença. Ele também acompanhou Francisco na última aparição pública no balcão central da Basílica, quando 35 mil fiéis se transformaram em 50 mil com a presença surpresa do pontífice na Praça São Pedro.

A última noite do Papa foi tranquila. Ele jantou normalmente e descansou. “Por volta das 5h30 da manhã de segunda-feira surgiram os primeiros sinais de indisposição. Após cuidados imediatos, Francisco entrou em coma de forma rápida, sem sofrimento. Uma morte discreta, quase silenciosa, no dia seguinte à Páscoa. No dia depois de abençoar Roma e o mundo. No dia depois de abraçar, mais uma vez, o seu povo”, narrou Silvonei.

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