Família baiana compartilha trajetória de superação e adaptação em Paris
Em uma conversa com Jorge Biancchi, eles compartilharam as dificuldades e conquistas vividas desde sua chegada à capital francesa.
Paris, conhecida por sua beleza e charme, também tem sido o novo lar de uma família baiana que decidiu se estabelecer na cidade luz há seis anos. Em uma conversa com Jorge Biancchi, eles compartilharam as dificuldades e conquistas vividas desde sua chegada à capital francesa.
“Eu moro aqui há seis anos, e a intenção de vir para cá foi tirar meus filhos do Brasil por conta da violência,” revela a matriarca da família que apesar de ser baiana morava em São Paulo antes de se mudar para Paris. A decisão de mudar para Paris também foi impulsionada pela perda de seus pais e pela falta de perspectivas no Espírito Santo, onde a violência aumentava. “Hoje, tenho mais familiares na França do que no Brasil,” completa.
O início na nova cidade não foi fácil, especialmente devido à barreira do idioma. “O primeiro impasse foi a língua. Tudo que a gente precisava dependia de outras pessoas para fazer, mas hoje, graças a Deus, já consigo me virar bem,” conta.
Sobre a adaptação, a família se sente agora como em casa. “Eu já fui ao Brasil duas vezes depois de chegar aqui, mas hoje Paris é minha casa,” afirma. Composta por cinco pessoas, a família se estabeleceu bem, apesar dos desafios iniciais. “Meu esposo trabalha em uma cidade chamada Clermont-Ferrand e volta para casa apenas aos finais de semana, hoje, graças a Deus, nossa vida está bem organizada,” explica.
A educação e a saúde em Paris são aspectos que a família elogia. “A educação aqui é pública e de alta qualidade. Meus filhos estudam o dia inteiro e têm acesso a várias atividades extracurriculares. A saúde também funciona muito bem, sem do que reclamar,” destaca a matriarca. A diferença em relação ao Brasil é notável, especialmente na questão da segurança. “Os pequenos furtos são mais comuns em pontos turísticos, mas não assusta. É apenas uma questão de ter cuidado.”
A filha mais velha, Laís Araújo, que nasceu no Espírito Santo, compartilha sua experiência de viver em Paris. “No início foi difícil devido à língua, mas hoje a gente tem a oportunidade de viajar, conhecer novos lugares e aprender novas línguas, coisas que nunca teria em Vitória,” diz. Trabalhando em uma padaria, Laís aprimora seu francês e aprende inglês e espanhol na prática.
A jovem de 27 anos também fala sobre seu futuro. “Vou casar brevemente com um brasileiro de Minas Gerais que mora aqui há cinco anos. Estamos em dúvida se vamos continuar em Paris ou voltar ao Brasil. A qualidade de vida aqui é muito diferente da que conhecemos,” revela Laís.
Ela observa que, apesar das dificuldades e do preconceito que podem enfrentar, a adaptação tem sido possível e enriquecedora. “Tudo aqui é mais difícil para quem vem de fora, mas a gente se adapta rápido. A nossa conquista tem muito valor,” conclui.
*Com informações de Jorge Biancchi, direto de Paris
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