Falta de fiscalização no Bando Anunciador teria influenciado casos de violência, aponta diretor do Cuca
Três pessoas foram baleadas durante os festejos deste domingo (9)
Três casos de violência foram registados no Bando Anunciador deste domingo (9), em Feira de Santana. O diretor do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), Aldo José Morais Silva, chamou atenção que situações como essa não são comuns no festejo e que faltou participação do poder público municipal nas fiscalizações.
“Tivemos um decreto editado semana passada proibido a venda de bebidas em garrafas de vidro, copos de vidro, espetinho, etc. Mas não houve fiscalização do poder público e não adianta ter um decreto e não ter fiscalização, quando o incidente se deu, ele foi potencializado pela existência de todos esses objetos que não deveriam está lá. Havia uma ampla gama de vendedores com pranchões e tudo que o decreto dizia que não deveria estar lá, mas estava porque não houve fiscalização. O Cuca é um coordenador dos esforços de organização, o bando não é do Cuca e nem da UEFS, o bando é de Feira e só acontece porque os orgãos e as entidades se organizam para que isso aconteça, e sem a atuação de cada um na sua competência, o que acontece é esse tipo de incidente “, disse o diretor em entrevista ao programa Cidade em Pauta, da rádio Nordeste FM (95.3).
Um dos acontecimentos envolveu uma mulher de 35 anos que foi atingida por um tiro na rua Conselheiro Franco, após a passagem do Bando no centro da cidade. A autoria e a motivação do fato ainda são desconhecidos.
Conforme o diretor Aldo, foi devido a situações de violência que em 1987 o Bando Anunciador foi suspenso.
“O perigo é esses incidentes marcarem a festa e criar uma percepção na sociedade de que esse festejo está se deteriorando e perdendo seu sentido e, no limite do limite, cogitarem a pleitear a sua extinção, porque isso já aconteceu antes”, pontua.