Exercer espiritualidade pode melhorar bem-estar das crianças, diz pediatra
Pediatra relata que percebeu melhora de saúde em pacientes que exerciam alguma fé
A relação entre espiritualidade vai além de apenas ter uma religião. Estudos indicam que seguir uma fé pode contribuir para uma melhora do bem-estar, e isso é notado ,inclusive, em crianças. Segundo o pediatra, Murilo Pinheiro, as crianças cujas famílias seguiam tradições espirituais possuíam menos graus de ansiedade.
“Percebi que nesse período pós-pandemia, na minha rotina de trabalho, as crianças que estavam ligadas a alguma influência ou tradição religiosa tiveram menos repercussão tanto do ponto de vista de saúdes e doenças, quanto na questão psicológica”, disse o doutor em entrevista ao De Olho na Cidade.
Espiritualidade é definida como a forma que os indivíduos buscam e expressam seu propósito de vida. Apesar de estarem relacionados, ter uma religião não é um critério para exercer a espiritualidade, uma vez que as práticas religiosas são um sistema organizado de crenças.
“Uma coisa que chamou muita atenção da gente nos consultórios pediátricos, foram alterações do comportamento das crianças pós-pandemia.
Segundo um estudo realizado por especialistas da Harvard School of Public Health e do Brighman and Women’s Hospital, a espiritualidade pode contribuir para um melhor desempenho no tratamento de doenças.
“Alguns estudos, utilizando a ressonância magnética funcional, mapearam o cérebro humano e detectaram essa alteração na emoção do indivíduo e a repercussão no organismo. Então naquele momento que a pessoa está praticando uma meditação ou oração detecta-se as áreas cerebrais que estão sendo mais ativadas”.
Esses estudos demonstraram que os níveis de estresse diminuíram ao serem realizadas essas práticas. O pediatra recomenda que além de se preocupar com a alimentação, vacinação, exercícios físicos, leitura e aprendizagem, os pais também devem incentivar a prática da espiritualidade.