Exclusivo: Dupla brasileira do vôlei de praia comenta derrota para países sem praia
A dupla deixa Paris com um gostinho de “poderia ter sido melhor”, mas com a certeza de que o vôlei de praia brasileiro continuará a buscar novas oportunidades.
Em uma entrevista exclusiva com Jorge Biancchi, Evandro e Arthur discutem a surpreendente eliminação nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Paris, onde foram derrotados pela dupla sueca Hellvig e Ahman. Com parciais de 21 a 17 e 21 a 16, a derrota destacou uma mudança significativa no cenário do vôlei de praia, com países que praticamente não têm praia, como a Suécia, superando o Brasil, que foi uma referência mundial no esporte.
Evandro comentou sobre o impacto da eliminação e a necessidade de adaptação.
“É uma eliminação dolorosa, porque estávamos evoluindo a cada jogo e torneio. Fizemos um grande trabalho com a nossa comissão técnica, mas infelizmente não conseguimos avançar além das quartas de final.”
Evandro também mencionou a necessidade de aprender com os adversários que têm investido fortemente no esporte, como Suécia e Noruega: “Chegou a hora de nós aprendermos com eles, como eles aprenderam com o Brasil. Precisamos buscar intercâmbios e estudar mais para nos reinventarmos.”
Ele explicou que a equipe sabia que não podia cometer erros cruciais. “Triste perder nas quartas, especialmente porque tínhamos potencial para medalhar. O voleibol de praia está muito equilibrado, e todos os times que chegaram longe têm um alto nível de habilidade. Saímos com um sentimento de que poderíamos ter ido mais longe.
Arthur, seu parceiro de dupla, acrescentou que o vôlei de praia evoluiu globalmente e que o Brasil precisa se adaptar: “Hoje, a informação chega a todos os lugares. Precisamos fazer mais intercâmbios e continuar estudando para competir com qualquer time do mundo.”
Sobre a avaliação geral da Olimpíada para o Brasil, Evandro refletiu: “É difícil avaliar, pois todos os atletas que estão aqui são extremamente capacitados e lutaram muito para chegar até aqui. Alguns conseguiram medalhas, outros não, mas todos deram o máximo. A Olimpíada acontece a cada quatro anos, e é um ciclo que nos ensina muito.”
Arthur falou sobre a recepção calorosa dos brasileiros na Casa Brasil: “Receber carinho do público brasileiro é muito reconfortante. Independentemente do resultado, o apoio nos ajuda a superar esse momento difícil. A reação das pessoas é gratificante e nos faz sentir o quanto é importante representar o nosso país.”
A dupla deixa Paris com um gostinho de “poderia ter sido melhor”, mas com a certeza de que o vôlei de praia brasileiro continuará a buscar novas oportunidades. Com a próxima etapa do Circuito Mundial se aproximando em Hamburgo, Evandro e Arthur se preparam para voltar mais fortes e com novas estratégias.
*Com informações de Jorge Biancchi, direto de Paris