Estudo aponta Bahia como líder em facções; Polícia Civil destaca ações de combate
Coordenador da Polícia Civil em Feira de Santana afirma que levantamento nacional reflete eficiência no mapeamento das organizações e detalha estratégias de enfrentamento
A Bahia lidera o ranking nacional de estados com maior número de facções criminosas em atuação, segundo levantamento da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). De acordo com o estudo, são 21 organizações atuantes no estado,, quase um quarto do total identificado no país.
O coordenador da Polícia Civil em Feira de Santana, Yves Correia, afirmou que os dados não indicam falta de enfrentamento por parte das forças de segurança, mas sim um reflexo da capacidade de identificar, mapear e monitorar as organizações. “A presença de grupos criminosos não significa necessariamente uma ausência do enfrentamento. Ao contrário, ela decorre em grande parte da capacidade das forças de segurança de identificar, mapear e monitorar tais grupos por meio de um trabalho contínuo de inteligência policial”, disse.
Segundo ele, a Polícia Civil da Bahia tem atuado em três eixos principais: inteligência policial, operações de polícia judiciária e ações territorializadas. As estratégias incluem monitoramento de lideranças e integrantes, análise de fluxos financeiros ilícitos, interceptações autorizadas pela Justiça e cruzamento de dados com órgãos estaduais e federais. “Temos atuado também na questão da ação territorializada, com reforço das unidades da polícia civil em regiões sensíveis e ampliação de equipes, focando na prevenção da expansão territorial desses grupos que tentam se estabelecer fora das capitais”, explicou.
O coordenador destacou que essas ações têm permitido a neutralização de células criminosas envolvidas em tráfico de drogas, homicídios por disputa territorial e crimes patrimoniais, enfraquecendo a estrutura de comando das facções.
Correia também ressaltou que a Diretoria de Polícia do Interior da Região Leste mantém um plano de ação articulado com outras diretorias da Polícia Civil, unidades especializadas como o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e o Departamento de Narcóticos (Denarc), além de cooperação constante com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, guardas municipais e forças de segurança de outros estados.
“O objetivo é impedir que a atuação das facções ultrapasse fronteiras estaduais e fortalecer a resposta rápida contra movimentos de expansão, assegurando a preservação da ordem pública e a redução da violência”, concluiu.
*com informações da repórter Isabel Bomfim
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