Especialista orienta como cuidar da alimentação sem prejudicar os dias de folia
Os consumidores devem estar atentos aos riscos potenciais de contaminação e intoxicação alimentar.
Com a chegada do carnaval, surge também uma grande variedade de alimentos de rua e junto com a diversão e a animação há também a preocupação com a segurança alimentar. Os consumidores devem estar atentos aos riscos potenciais de contaminação e intoxicação alimentar.
O engenheiro de alimentos, Rodrigo Moreira, orienta que é preciso observar os alimentos com atenção: o aspecto, o odor, a cor e o acondicionamento, além de verificar a higiene do local e se o vendedor é credenciado.
“Primeira coisa é observar se o vendedor está identificando com um crachá, por exemplo, até porque quem vai manipular alimento, ele precisa estar legalizado. Uma vez que se você consumir algum produto e tiver uma intoxicação alimentar ter como reclamar da prefeitura, então é sempre importante identificar quem é ambulante, guardar o número.” Orienta.
A principal causa do aumento de intoxicação alimentar são as altas temperaturas da estação, que podem comprometer a conservação de alimentos e favorecer a proliferação dos micro-organismos nocivos à saúde. É neste período também que aumentam os casos de intoxicação alimentar, pois as altas temperaturas contribuem para a multiplicação das bactérias. Por isso, Rodrigo alerta para alguns sinais que o organismo dá, quando não está bem.
“O principal deles é justamente a diarreia e se o quadro se agravar, pode ter vômitos também, náuseas, mas geralmente é a diarreia o maior causador dessas intercorrências e no caso da identificação do sintoma, a melhor coisa é logo procurar um profissional, esquecer essa história de automedicação.” Alerta.
De acordo com o engenheiro de alimentos, as frituras e os frutos do mar estão entre os maiores causadores de intoxicação alimentar.
“O campeão são as frituras, aquele delicioso pastel e dentro do pastel às vezes as pessoas colocam queijo, colocam presunto, às vezes o pastel não é frito direito, tem a carne, tem o frango ou de repente tem um camarão e se nós vamos em um restaurante aqui na cidade e pede um pastel ele pode vim gelado, imagina isso no circuito de carnaval que o material está todo exposto ali, pessoas que respiram, tosem, conversam, então a saliva vai acabar passando, tem as gotículas, o vapor d’água, poeira, então tudo aquilo vai contaminando o alimento e quando ele vai para o óleo, nem sempre o calor da fritura do óleo consegue atingir o centro do alimento que está no interior do pastel. Outro vilão são os frutos do mar, que são um grande causador de intoxicação alimentar, então o correto é fugir desses tipos de alimentos durante carnaval.” Disse.
Ainda é preciso atentar-se à temperatura dos refrigeradores onde os alimentos são armazenados. Temperaturas inferiores a 4ºC são mais seguras para evitar a proliferação de micro-organismos.
“As barracas legalizadas com certeza terão freezer, só que a questão é o fato de tá abrindo e fechando aquele freezer o tempo todo e o carnaval durar praticamente a noite toda, então não consegue refrigerar muito bem e às vezes não é nem o freezer é uma caixa térmica que eles colocam gelo, mas o ideal é que tudo ficasse uma temperatura entre 4 e 8 graus celsius.” Ressalta Rodrigo.
*Com informações da repórter Isabel Bonfim