Especialista imobiliário explica como a alta da SELIC impacta o mercado de aluguéis de imóveis
Com a tendência de crescimento no setor de locação e o impacto da alta da SELIC no financiamento imobiliário, o mercado se mostra promissor para investidores que buscam segurança e bons retornos financeiros.
O aumento da taxa SELIC tem gerado impactos significativos no mercado imobiliário, principalmente no setor de locação. Com os juros elevados, muitas famílias que planejavam adquirir um imóvel estão adiando a compra, o que impulsionou a demanda por aluguel. Segundo Humberto Mascarenhas, especialista imobiliário, esse cenário representa uma oportunidade valiosa para investidores que desejam obter renda extra com locação de imóveis.
“O impacto da taxa SELIC no aluguel de imóveis ocorre porque, com a taxa de juros mais elevada, muitas famílias estão esperando por condições mais atrativas para comprar sua casa. No entanto, a demanda por moradia continua alta, e quem não pode comprar, opta por alugar”, explicou Humberto. “A procura por imóveis para locação, especialmente residencial, atingiu o nível mais alto dos últimos dez anos.”
Esse aumento na demanda também levou a uma valorização dos aluguéis acima da inflação.
“Os rendimentos do mercado de locação estão excelentes, e quem possui recursos próprios pode aproveitar a oportunidade para adquirir imóveis com melhores condições de negociação. Além da renda do aluguel, há a valorização do bem ao longo do tempo”, destacou o especialista.
Para quem pretende investir, o momento pode ser propício, principalmente para aqueles que não dependem de financiamento.
“Com uma taxa de juros mais alta, o mercado se torna mais flexível, e quem compra à vista tem maior poder de barganha”, ressaltou Humberto. “Costumo dizer que o lucro de um investimento não está na venda, mas na compra. Quem consegue adquirir um imóvel abaixo do valor de mercado tem mais chances de obter um excelente retorno financeiro.”
Pesquisas indicam que a intenção de compra de imóveis segue aquecida. “43% dos brasileiros planejam adquirir um imóvel nos próximos anos, e 24% pretendem comprar ainda este ano. Assim que os juros começarem a cair, essa parcela da população tende a migrar para a aquisição”, apontou o especialista. No entanto, ele reforça que o mercado de locação continuará forte mesmo com a redução da taxa SELIC, já que muitas pessoas optam por morar de aluguel por estilo de vida.
O retorno médio sobre o investimento no mercado de aluguéis varia de 0,5% a 2% ao mês, dependendo da localização e do tipo de imóvel.
“Os imóveis bem localizados têm menor risco de vacância, o que garante um fluxo contínuo de receita para o investidor. Já aqueles que buscam rentabilidades mais altas precisam adotar estratégias para otimizar os ganhos, e nós temos essa expertise para ajudar nossos clientes a maximizar o retorno”, afirmou Humberto.
Sobre a segurança de viver de renda de aluguel, o especialista destacou que a habitação é uma necessidade contínua. “Haja o que houver, crise ou não, as pessoas sempre precisarão de um lar. Por isso, investir em imóveis para locação proporciona uma renda segura e estável ao longo do tempo”, reforçou.
Imóveis residenciais ou comerciais?
Na escolha entre investir em imóveis residenciais ou comerciais, Humberto afirma que os comerciais tendem a oferecer maior retorno, mas apresentam mais riscos.
“Os grandes investidores preferem imóveis comerciais porque, em geral, oferecem melhores rendimentos. No entanto, exigem um conhecimento mais aprofundado, pois estão sujeitos a períodos de vacância maiores, dependendo da economia. Já os imóveis residenciais possuem menor risco de vacância, pois a demanda por moradia é constante”, explicou.
A pandemia, por exemplo, impactou significativamente os imóveis comerciais, enquanto os residenciais tiveram aumento na procura.
“O mercado de locação residencial se mostrou mais resiliente durante a pandemia, pois as pessoas precisaram ficar mais tempo em casa. Esse fator reforça a segurança do investimento em aluguel”, analisou Humberto.