Especialista explica como a arquitetura pode impulsionar negócios e atrair clientes
Entre as principais tendências arquitetônicas que têm se mostrado eficazes para os negócios destaca-se a biofilia
Em um mercado cada vez mais competitivo, investir na arquitetura do comércio pode ser o diferencial para atrair e fidelizar clientes. A arquiteta Isabela Meirelles, em entrevista ao quadro Home News do programa Jornal do Meio Dia (Rádio Princesa FM), destacou a importância de pensar no espaço físico das lojas como um fator determinante para o sucesso do negócio.
“Hoje em dia, é fundamental considerar o comércio como um todo, não apenas na qualidade dos produtos e na identidade visual da marca, mas também no espaço físico. Tudo o que compõe o ambiente se comunica com o cliente, tornando o local mais atrativo e convidativo”, explicou.
Segundo Isabela, um dos primeiros pontos a serem trabalhados em um projeto arquitetônico comercial é a fachada.
“A vitrine é essencial para atrair clientes. Uma boa iluminação, um letreiro diferenciado e um design que se destaque no entorno podem fazer toda a diferença”, destacou a arquiteta.
Ela também ressaltou a importância da experiência do cliente dentro do estabelecimento. “Não adianta ter uma fachada bonita se o ambiente interno não for funcional e aconchegante. Espaços bem planejados proporcionam conforto tanto para os clientes quanto para os funcionários”, frisou.
Entre as principais tendências arquitetônicas que têm se mostrado eficazes para os negócios, Isabela destaca a biofilia, que incorpora elementos da natureza ao ambiente.
“Uma parede de pedra, plantas e materiais naturais ajudam a criar um espaço acolhedor, estimulando o cliente a permanecer mais tempo no local e valorizando a marca”, explicou.
Ela enfatiza que a escolha do estilo deve estar alinhada com o público-alvo. “A tendência sozinha não faz milagres. É importante entender a identidade da marca e combiná-la com as estratégias arquitetônicas adequadas”, acrescentou.
Ao comentar sobre a influência da arquitetura na experiência do consumidor, a arquiteta destacou exemplos de grandes centros comerciais europeus, como Paris e Lisboa, onde a ambientação e o design das lojas encantam mesmo quem não tem intenção de comprar.
“Não é algo restrito à Europa. É possível criar ambientes atrativos dentro da nossa realidade, desde que haja planejamento e um olhar estratégico”, afirmou.
Outro fator essencial é a neuroarquitetura, que envolve aspectos como iluminação, cores, som ambiente e até mesmo fragrâncias para criar uma experiência sensorial completa.
“A ideia é que o cliente não apenas compre, mas sinta vontade de voltar e recomendar a loja”, explicou.
Integração de espaços: um diferencial para o setor gastronômico
No setor de restaurantes e bares, a arquiteta enfatizou a tendência pós-pandemia de valorizar espaços ao ar livre.
“Ambientes integrados entre áreas internas e externas criam uma sensação de liberdade e conforto, tornando o espaço mais convidativo para os clientes”, explicou.
Por fim, Isabela reforçou a importância do planejamento arquitetônico para fortalecer a identidade da marca.
“Cada detalhe deve traduzir os valores da empresa, garantindo não apenas um ambiente bonito, mas também funcional e estratégico para os negócios”, concluiu.
Para quem deseja saber mais sobre arquitetura comercial e dicas para transformar seu negócio, a arquiteta está disponível no Instagram pelo perfil @arquiteta.bela