Brasil

Especialista em direito bancário alerta: juros rotativos do cartão de crédito podem se tornar bolas de neve financeiras

Câmara dos Deputados aprovou nesta semana, o projeto que propõe a criação de um limite aos juros rotativos do cartão de crédito. Atualmente, a taxa média anual é de 445,7%%.

07/09/2023 17h40
Especialista em direito bancário alerta: juros rotativos do cartão de crédito podem se tornar bolas de neve financeiras
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou nesta semana, o projeto que propõe a criação de um limite aos juros rotativos do cartão de crédito. Atualmente, a taxa média anual é de 445,7%%.

Segundo informações do Banco Central, aproximadamente metade das operações de crédito enfrentam inadimplência. Especialistas consideram os juros excessivos, com uma taxa média anual superior a 400%.

De acordo com o advogado especialista em direito bancário, Carlos Benjamim, o rotativo do cartão de crédito é um mecanismo que transforma dívidas aparentemente pequenas em bolas de neve financeiras.

“As taxas de juros do rotativo são capitalizações diárias, ou seja, a cada dia que passa o valor vai aumentando e vai virando uma bola de neve. Então, imagino que todo mundo tem um amigo que já passou por isso, pega o mínimo para não ficar negativado, só que em contrapartida a dívida vai se multiplicando pela capitalização, pelos juros diários que vai correndo”, relata em entrevista ao portal De Olho na Cidade.

A proposta em análise na Câmara prevê um período de 90 dias, contados a partir da promulgação da lei, para que as empresas emissoras de cartões de crédito apresentem uma proposta de regulamentação.

Comentários

Leia também

Brasil
CNU: Governo divulga lista de aprovados

CNU: Governo divulga lista de aprovados

Resultado final estava previsto para 11 de fevereiro, mas foi antecipado após decisão...
Brasil
Segunda Turma do STF decide por condenação de réus da Boate Kiss
Brasil
Barroso abre os trabalhos no STF e diz que Corte deve decidir questões mais “complexas”

Barroso abre os trabalhos no STF e diz que Corte deve decidir questões mais “complexas”

Presidente também citou que o STF foi alvo de ataques democráticos há dois anos