Especialista em automação residencial destaca integração de ambientes e inteligência artificial como tendência nas residências
O conceito de “layout” residencial evoluiu muito nas últimas décadas, acompanhando as transformações sociais e tecnológicas.

O avanço da tecnologia e as mudanças nos hábitos de convivência vêm transformando a forma como as pessoas pensam o layout de suas casas. Essa foi a principal reflexão do bate-papo com o empresário Weber dos Anjos, da APT House Automação e Sonorização Residencial, no quadro Home News, que destacou as novas tendências na definição de espaços residenciais.
Segundo Weber, o conceito de “layout” residencial evoluiu muito nas últimas décadas, acompanhando as transformações sociais e tecnológicas.
“Antigamente, o ponto central da casa era a cozinha, o ambiente das refeições em família. Depois, com a popularização da televisão, a sala de TV passou a ocupar esse papel. Mais tarde, vieram os computadores de mesa, e hoje observamos a valorização dos espaços gourmet, que reúnem alimentação, lazer e convivência”, explicou.
O empresário ressaltou que as casas contemporâneas caminham cada vez mais para ambientes integrados, o que traz desafios e novas soluções de design.
“Hoje, a tendência é ter menos paredes e mais integração entre cozinha, sala e espaço gourmet. Isso valoriza o convívio, mas também exige pensar de forma criativa onde colocar equipamentos, como TVs e sistemas de som, sem comprometer o visual e a funcionalidade dos ambientes”, afirmou.
De acordo com ele, a tecnologia tem papel fundamental nesse processo. “Em apartamentos, por exemplo, onde o espaço é reduzido, a automação permite centralizar todos os equipamentos de som e imagem em um único ponto técnico, evitando o uso de muitos móveis e cabos expostos. Em casas maiores, essa estrutura pode ficar concentrada em uma área técnica, o que facilita o controle e melhora o aproveitamento estético dos ambientes”, detalhou.
O período da pandemia também acelerou uma mudança importante no comportamento das famílias: o fortalecimento do entretenimento doméstico.
“Na pandemia, ficamos muito mais tempo em casa e isso despertou um novo olhar. Hoje, muitas pessoas preferem receber amigos e familiares em casa a sair para bares ou restaurantes. Com isso, cresce a demanda por sistemas de som ambiente, salas de cinema e áreas gourmet bem equipadas. O lazer dentro de casa virou uma prioridade”, observou Weber.
O empresário destacou ainda a importância de encarar o projeto de tecnologia residencial como parte essencial da construção.
“Assim como existem projetos elétricos e hidráulicos, o projeto de tecnologia deve ser visto como um complemento. Ele envolve automação, áudio, vídeo, internet e rede Wi-Fi. Quando bem planejado, proporciona conforto, bem-estar e ainda valoriza o imóvel”, afirmou.
Segundo ele, esse tipo de projeto permite que a residência atenda às necessidades específicas dos moradores, oferecendo soluções personalizadas e sustentáveis.
Ao falar sobre o futuro, Weber destacou a presença crescente da inteligência artificial (IA) nas casas modernas.
“A inteligência artificial não é algo novo, mas agora ela está mais acessível. Assistentes virtuais como Alexa, Google e Siri já fazem parte do nosso cotidiano. O próximo passo é o uso de sistemas que aprendem o comportamento dos moradores e passam a agir automaticamente, ajustando luzes, temperatura ou som, por exemplo. Isso já é realidade e vai se expandir ainda mais nos próximos anos”, destacou.
Weber reforçou que o avanço tecnológico veio para ficar. “A integração entre equipamentos e sistemas é algo irreversível. O futuro das residências será cada vez mais inteligente, funcional e conectado às necessidades humanas”, concluiu.





