Educação

Empreendedorismo feminino na educação: mulheres lideram escolas particulares em Feira de Santana

Em Feira de Santana, existem mais de 500 escolas particulares, e cerca de 90% são administradas por mulheres.

30/03/2025 13h00
Empreendedorismo feminino na educação: mulheres lideram escolas particulares em Feira de Santana

No mês dedicado às mulheres, a Série Especial Março Mulher trouxe uma entrevista com Angeleide Franco, presidente da Associação Intermunicipal de Escolas Empreendedoras e diretora da Escola Rubem Alves. Durante a conversa, Angeleide destacou a importância do empreendedorismo feminino na educação e os desafios enfrentados pelas mulheres que atuam nesse setor.

“A mulher sempre foi a espinha dorsal das transformações ao longo da história, mas muitas vezes sem o devido reconhecimento”, afirmou. Segundo ela, na educação isso é ainda mais evidente. “A maioria das direções escolares está nas mãos de mulheres, e essa liderança se reflete no impacto direto na formação dos alunos”, pontuou.

Desafios da mulher empreendedora na educação

Um dos principais desafios apontados por Angeleide é a dupla jornada.

“As mulheres empreendedoras acumulam o trabalho na escola e a responsabilidade com a família, o que é um grande desafio”, disse. Além disso, a falta de valorização profissional e as diferenças salariais também são entraves para a equidade de gênero no setor.

Em Feira de Santana, existem mais de 500 escolas particulares, e cerca de 90% são administradas por mulheres. No entanto, Angeleide alerta para a necessidade de maior apoio e reconhecimento.

“A sociedade precisa enxergar essas escolas como empresas, que precisam de investimentos e condições para se manterem sustentáveis”, destacou.

Empreendedorismo e políticas públicas

Outro ponto levantado na entrevista foi a dificuldade das mulheres em acessar crédito e apoio para seus negócios.

“Quando um pequeno empreendedor busca financiamento, a burocracia é um grande obstáculo. Precisamos de mais políticas públicas voltadas para incentivar o empreendedorismo feminino”, afirmou.

Ela ressaltou algumas iniciativas que já estão em andamento, como a Câmara das Mulheres Empreendedoras e o projeto “Empodera Elas”, que promove rodas de conversa sobre empoderamento feminino e oportunidades de negócios. No entanto, Angeleide defende que ainda é necessário avançar mais.

“O empreendedorismo feminino cresce no Brasil, mas os desafios ainda são grandes. Precisamos de mais ações que promovam a igualdade de oportunidades e fortaleçam o papel da mulher nos mais diversos setores”, concluiu.

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