Março Mulher

Empreendedorismo feminino e saúde mental: Psicóloga comenta sobre os desafios da mulher no mercado de trabalho

Ela compartilhou sua experiência como empresária, onde a maioria de seus colaboradores são mulheres que enfrentam desafios semelhantes.

27/03/2024 09h18
Empreendedorismo feminino e saúde mental: Psicóloga comenta sobre os desafios da mulher no mercado de trabalho
Foto: Clara Ferraz

A saúde da mulher, especialmente no contexto do mercado de trabalho e do empreendedorismo, é um tema de grande relevância e complexidade. Ana Rita Antunes, psicóloga e empresária do Métodos Espaço de Reabilitação Cognitiva discutiu sobre essas questões em entrevista ao projeto Março Mulher no programa Jornal do Meio Dia (Princesa FM).

Segundo Ana Rita, o papel da mulher na sociedade mudou drasticamente ao longo dos anos, especialmente com sua inserção no mundo da produtividade.

“No momento no qual a mulher foi obrigada a se inserir no mundo da produtividade, no momento que essa mão de obra dela passou a ser essencial para o sustento da família. O próprio sistema capitalista trouxe essa cobrança.”

Com uma trajetória marcada pela compreensão das nuances psicológicas que permeiam o universo feminino corporativo, Ana Rita destaca a pressão enfrentada pelas mulheres que, além de assumirem papéis tradicionalmente femininos, também ingressam no mercado de trabalho e no empreendedorismo.

Os sintomas de exaustão emocional entre as mulheres são muitas vezes camuflados, pois estas tendem a evitar se queixar ou demonstrar fraqueza, temendo perder o espaço que conquistaram com tanto esforço. No entanto, esses sintomas se manifestam em insônia, depressão e frustração, resultando em um adoecimento que pode levar à abdicação de suas próprias vidas.

“Os sintomas, eles vêm camuflados em insônias, em muita depressão, o número de mulheres depressivas são bem maiores do que dos homens depressivos, frustração por não poder ter estudado.”

Além disso, Ana Rita destaca a importância de movimentos sociais e conscientização para promover mudanças efetivas na sociedade. Ela enfatiza a necessidade de reconhecer e valorizar o papel das mulheres no mercado de trabalho e no empreendedorismo, proporcionando igualdade de oportunidades e condições para que elas possam prosperar profissionalmente sem comprometer sua saúde e bem-estar.

“Nós precisamos gritar que nós não estamos suportando o peso que nos estão delegando. Eu posso ser, sim, uma boa empresária. Eu posso, sim, ser uma boa mãe, do mesmo jeito que muitos homens são bons pais e não precisam lavar, passar nem cozinhar, eles delegam.”

Além disso, ela destacou a responsabilidade social das empresas em reconhecer e valorizar o trabalho das mulheres, proporcionando condições para que elas possam conciliar suas múltiplas funções com dignidade e equilíbrio. Ela compartilhou sua experiência como empresária, onde a maioria de seus colaboradores são mulheres que enfrentam desafios semelhantes.

“Eu produzo bens pra pessoas produzirem bens, eu produzo serviço. São muitas pessoas que dependem de mim, que dependem do meu trabalho, para que também possam ter vida digna.”

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