Emagrecimento rápido e flacidez: especialistas explicam causas, riscos e tratamentos para recuperar firmeza da pele
Qualquer processo de emagrecimento, especialmente quando acelerado, exige planejamento e acompanhamento profissional.

A busca pelo emagrecimento rápido tem crescido, impulsionada pelo uso de medicamentos que reduzem o apetite e aceleram a perda de peso. No entanto, muitos pacientes se deparam com um efeito colateral nem sempre falado: a flacidez acentuada da pele e a perda de massa muscular. Para esclarecer as causas e apresentar alternativas seguras de tratamento, a médica nutróloga Dra. Aline Jardim e a biomédica Dra. Deybe Lima detalharam como atuam no acompanhamento desses casos.
Segundo as especialistas, qualquer processo de emagrecimento, especialmente quando acelerado, exige planejamento e acompanhamento profissional.
“Quando o paciente chega ao nosso consultório, montamos um roteiro de como será o tratamento, quais são as expectativas e por quanto tempo ele precisará estar em acompanhamento”, explica Dra. Aline. Ela destaca que o corpo demora a estabilizar o novo peso: “Eu sempre falo ao paciente que precisamos manter o peso perdido por, no mínimo, 18 meses para ocorrer a morte das células de gordura. Isso reduz muito a chance de voltar a engordar.”
Dra. Deybe chama atenção para um ponto sensível: muitos pacientes têm medo de emagrecer justamente por causa da flacidez.
“Eu tive uma paciente que evitou por muito tempo perder peso porque, em uma fase da vida, emagreceu e ficou com a barriga muito flácida. Isso gerava um desconforto tão grande que ela preferia ficar gordinha. Hoje ela entende que o excesso de peso afeta não só a estética, mas a saúde.”
As especialistas lembram que a flacidez não aparece apenas no abdômen. Braços, coxas, glúteos e até o umbigo sofrem alterações, criando o conhecido “umbigo triste”.
No Instituto da Plástica, as profissionais utilizam tecnologias voltadas ao estímulo de colágeno e à reorganização das estruturas da pele. Uma delas é o microagulhamento robótico com radiofrequência — tecnologia conhecida como Morpheus.
“É uma das tecnologias mais modernas do mercado. A ponteira permite tratar tanto a flacidez quanto a gordura, oferecendo excelentes resultados, inclusive na região do umbigo”, explica Dra. Deybe.
Os procedimentos são realizados com suporte completo de um hospital dia, diferencial que garante segurança.
“Temos anestesista, equipe de enfermagem e estrutura hospitalar. Evitamos riscos que podem ocorrer em clínicas sem suporte adequado, especialmente quando o paciente recebe sedação”, reforça.
Para potencializar o resultado, o Morpheus pode ser associado a bioestimuladores de colágeno, que provocam uma resposta inflamatória controlada, levando o próprio organismo a produzir colágeno novo e de melhor qualidade.
As especialistas reforçam que procedimentos estéticos não funcionam como cirurgia plástica.
“Não adianta achar que em uma sessão vai resolver. Assim como na academia, onde você precisa de meses para construir músculo, na estética também existe um tempo de construção. Em média, trabalhamos com um planejamento de um ano”, diz Dra. Aline.
A perda de peso também afeta muito o glúteo, causando pregas, queda de volume e flacidez. Para esses casos, as profissionais utilizam combinações de tecnologias, bioestimuladores e aminoácidos.
“Quando falamos de glúteo, falamos de músculo. Se a paciente perdeu muito peso, precisamos estimular reconstrução muscular. Existem vitaminas e aminoácidos que ajudam, mas nada substitui a musculação”, alerta Dra. Deybe.
As aplicações de ácido hialurônico também são indicadas para reposição de volume e correção de depressões, oferecendo resultados seguros e naturais.
As especialistas comentam ainda sobre influenciadoras famosas que exibem resultados estéticos impactantes.
“O bumbum da Virgínia, por exemplo, não vem só de treino e dieta. Com certeza há bioestimulador de colágeno e ácido hialurônico. São procedimentos seguros quando feitos corretamente”, aponta Dra. Aline.
A maior preocupação das profissionais é o crescente número de pessoas usando medicamentos para emagrecer sem supervisão médica.
“Tenho observado cada vez mais mulheres derretendo músculo. Depois da massa muscular, o próximo passo é perder massa óssea. E recuperar isso é muito difícil”, afirma Dra. Aline.
Ela reforça que existem estratégias seguras e aprovadas pelo Conselho de Medicina para preservar massa magra durante o tratamento.
“Tenho pacientes de 60 anos com outro corpo após aplicarmos essas estratégias. Mas tudo começa com acompanhamento adequado, exercícios e uma rotina saudável.”






