Em memória aos 60 anos da Ditadura Militar, ato é realizado em Salvador nesta segunda-feira
Marcha do Silêncio reúne parentes, amigos e companheiros de vítimas do regime
Em memória aos 60 anos do início da Ditadura Militar brasileira, parentes, amigos e companheiros de vítimas do regime realizam a Marcha do Silêncio, em Salvador, nesta segunda-feira (1º).
A concentração será realizada entre às 15h e 16h na Praça da Piedade, com saída do cortejo às 17h, percorrendo a Avenida Joana Angélica e chegando ao monumento aos mortos e desaparecidos da Ditadura Militar, no Campo da Pólvora, com participação da Banda Neojibá e dos cantores Pantera e Farofa.
O protesto é feito sem palavras, ao som de um surdo, com fotos das vítimas empunhadas, além de flores, tochas e cruzes.
Na Bahia, a marcha é organizada pelo Grupo Tortura Nunca Mais, Abraspet, Aepet, Sindipetro Bahia, Apub, ADJC, Astap, e teve sua primeira edição em em 2019, foi suspensa pela pandemia em 2020 e 2021, sendo retomada em 2022 e 2023, e completando sua quarta edição este ano.
De acordo com o professor e sociólogo Joviniano Neto, a Marcha do Silêncio é inspirada por evento semelhante iniciado no Uruguai, que junto com Brasil, Argentina e Chile, viveram a repressão e a violência de uma ditadura militar. Para Diva Santana, ex-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais na Bahia, é preciso entender que mesmo após seis décadas da deflagração do golpe militar, a reação dos familiares, vítimas e da sociedade civil pelas buscas aos desaparecidos e pela condenação dos culpados continua forte.
Metro1