Em Feira, 97 pessoas diagnosticadas com tuberculose são acompanhadas no programa municipal
Neste ano, foram confirmados 23 novos casos da doença.
Em Feira de Santana foram diagnosticados, neste ano, 23 novos casos de tuberculose. A doença é transmitida pela tosse, espirro e ao falar, podendo se manifestar em qualquer pessoa – contudo, os homens entre 20 e 45 anos são os mais acometidos.
No próximo dia 24 de março é comemorado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Neste sentido, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) chama a atenção da população para a importância do diagnóstico precoce, a fim de iniciar o tratamento o quanto antes e interromper a cadeia de transmissão.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Verena Leal, informa que atualmente 97 pessoas estão sendo acompanhadas no Programa Municipal de Controle de Tuberculose, serviço prestado por uma equipe composta por enfermeiros, pneumologistas, assistentes sociais, bioquímico e farmacêutico.
“Para chamar a atenção da população sobre a doença, todas as unidades da rede municipal de Saúde estarão mobilizadas para levar informações à população. E, caso exista suspeita da doença, o paciente será encaminhado para o programa municipal para receber a assistência adequada”, afirma.
Verena Leal acrescenta que, no ano passado, foram confirmados 125 casos novos e 15 retratamentos (pacientes que abandonaram o tratamento ou tiveram recidiva da doença), totalizando 140 casos.
A tuberculose é uma doença infecciosa, causada pelo bacilo de Koch, e é transmitida pelo ar quando o doente espirra, tosse ou fala. Seu principal sintoma é tosse persistente por mais de três semanas, associada a febre baixa ao final do dia, falta de apetite, fraqueza, suor noturno e cansaço/fadiga.
TRATAMENTO GRATUITO
O diagnóstico da doença é feito por avaliação clínica e exames laboratoriais, como o Teste Rápido Molecular, por meio da baciloscopia (exame do escarro), Raio X do tórax e o PPD (teste através da pele). Esses exames são realizados no próprio programa, exceto o Raio X, para o qual os pacientes são encaminhados ao CMDI.
“O tratamento, que é gratuito, dura em média seis meses e não deve ser interrompido sob hipótese alguma, mesmo com o desaparecimento dos sintomas”, adverte a enfermeira responsável técnica do programa, Gilca Lessa.
Interromper o tratamento pode tornar o bacilo mais resistente aos antibióticos. “O paciente que segue as recomendações pode ter 100% de chance de cura”, acrescenta Gilca Lessa, destacando que “para cada pessoa com tuberculose que não recebe o tratamento adequado, outras 15 podem ser contaminadas em um período de um ano”.
O Centro Municipal de Controle da Tuberculose está localizado no Centro de Saúde Especializado (CSE) Dr. Leone Coelho Leda, na rua Geminiano Costa.
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