Bahia

Em Assembleia, Polícias Civil e Técnica aprovam suspensão imediata das operações policiais na Bahia

A “Assembleia Extraordinária Geral Conjunta” ocorreu na última sexta-feira (19), no auditório do CECBA, no Costa Azul, e foi promovida por entidades da segurança pública baiana.

21/07/2024 07h14
Em Assembleia, Polícias Civil e Técnica aprovam suspensão imediata das operações policiais na Bahia
Foto: Divulgação

Durante Assembleia, investigadores, escrivães, peritos  técnicos, criminais, odonto-legais, médicos legistas e delegados aprovaram a suspensão imediata das operações policiais e das medidas cautelares em Salvador, na Região Metropolitana (RMS), e no interior baiano até 12 de agosto, data em que será realizada uma nova Assembleia. A “Assembleia Extraordinária Geral Conjunta” ocorreu na última sexta-feira (19), no auditório do CECBA, no Costa Azul, e foi promovida por entidades da segurança pública baiana.

As polícias civil e técnica aprovaram a suspensão das operações por causa da morosidade do Governo do Estado na negociação da reestruturação salarial dos servidores que estão há dez anos com os salários defasados. Segundo as entidades, os policiais civis da Bahia recebem o  26° pior salário do país.

O presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, destacou que os policiais civis têm tido um “papel de destaque” no combate à criminalidade da Bahia. O sindicalista ressaltou que a Polícia Civil tem realizado recorde de prisões de líderes das facções do tráfico de drogas. “Mas, infelizmente, o nosso atual salário não é condizente com a importância da nossa categoria e com a atividade de risco que exercemos todos os dias. Saímos de casa para trabalhar e não sabemos se iremos retornar”. 

O presidente do Sindicato dos Delegados (Adpeb), Jorge Figueiredo, pontuou  que todas as carreiras da Polícia Civil e da Polícia Técnica estão unidas em  prol da valorização salarial da categoria e da diminuição do fosso salarial histórico que existe entre as carreiras. “Não adianta o Governo estar dando viaturas novas, dando uma Ferrari para o policial trabalhar se depois ele tem que ir para casa de ônibus.  Conheço um escrivão que ganha R$ 1.300.00 líquido, como é que o Estado  quer que o servidor fique motivado para combater o crime organizado com esse salário?”, questionou o delegado e sindicalista.

A Assembleia Geral Conjunta foi realizada pelo movimento “Unidos pela Valorização dos Policiais Civis” representado pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Sindicato dos Delegados de Polícia (Adpeb), Sindicato dos Peritos em Papiloscopia (Sindpep), Sindicato dos Escrivães (Aepeb-Sindicato), Associação dos Investigadores (Assipoc), Sindicato dos Peritos Médicos e Odonto-legais (Sindmoba) e o Sindicato dos Peritos Criminais (Asbac). 

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