“É muito triste ver o filho daquela forma”, diz Jerônimo Rodrigues sobre Eduardo Bolsonaro
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, criticou duramente a postura de um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, após a divulgação de mensagens em que o parlamentar aparece em atitude considerada desrespeitosa. Durante entrevista, Jerônimo afirmou que a forma como o deputado tratou o próprio pai reflete um ambiente de criação problemático. “É muito triste […]
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, criticou duramente a postura de um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, após a divulgação de mensagens em que o parlamentar aparece em atitude considerada desrespeitosa.
Durante entrevista, Jerônimo afirmou que a forma como o deputado tratou o próprio pai reflete um ambiente de criação problemático.
“É muito triste a gente ver o comportamento de um filho tratar o pai daquela forma. Se ele trata o pai daquela forma, é porque o ambiente de criação dele não foi adequado. É ruim pra gente ver uma família que tem esse ambiente desrespeitoso governando o país”, declarou.
O governador relacionou a postura do filho de Bolsonaro ao cenário de divisão e violência durante o governo do ex-presidente.
“Por isso que a gente tinha, na época do ex-presidente, a violência escampada, a divisão. Olha o que ele está fazendo. O Brasil elegeu ele, e a Constituição garante, mas esse cidadão, que foi eleito para defender o país, vai lamber motos, cantar o hino norte-americano e pedir para que o presidente dos Estados Unidos castigue o Brasil”, criticou.
Jerônimo também alertou sobre os riscos econômicos que esse tipo de comportamento pode trazer para setores estratégicos da economia baiana e nacional.
“Quantos empregos estão sendo colocados em risco? Vou dar um exemplo: aqui na Bahia nós temos duas grandes indústrias de pneus, a Continental e a Pirelli. Sessenta por cento dos pneus produzidos aqui são exportados para os Estados Unidos. E o que vamos fazer agora? O mesmo vale para as uvas e mangas do Vale do São Francisco, que têm contratos de exportação para lá”, disse.
Apesar das críticas, o governador reforçou a defesa da soberania nacional e da necessidade de manter relações diplomáticas equilibradas com outros países.
“Nossa soberania não vai ser abalada. Com fé em Deus, temos que defender o Brasil, porque aqui quem manda são os brasileiros. E isso exige dos Estados Unidos, no mínimo, uma relação diplomática séria”, completou.