Economia

Dólar cai para R$ 5,33, mas tem maior alta semanal desde maio de 2020

Bolsa sobe 2,26%, mas recua cerca de 5% na semana

12/11/2022 08h26
Dólar cai para R$ 5,33, mas tem maior alta semanal desde maio de 2020
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Após a tempestade de ontem (10), o mercado financeiro teve um dia de trégua, embalado por novas declarações de membros da equipe de transição, pelo adiamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição e pelo cenário internacional. O dólar caiu para próximo de R$ 5,30, mas teve a maior alta semanal desde maio de 2020. A bolsa de valores subiu mais de 2%, mas recuou cerca de 5% na semana.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (11) vendido a R$ 5,334, com queda de R$ 0,063 (1,17%). A cotação operou em baixa durante toda a sessão, chegando a R$ 5,24 na mínima do dia, por volta das 12h30.

Apesar da queda de hoje, a moeda norte-americana subiu 5,49% na semana. Esse foi o maior ganho semanal desde a segunda semana de maio de 2020, no início da pandemia da covid-19. A divisa acumula queda de 4,34% em 2022.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 112.253 pontos, com alta de 2,26%. Apesar da alta de hoje, o indicador recuou 4,99% na semana.

O adiamento da apresentação da PEC da Transição para a próxima semana ajudou a acalmar os investidores. Além disso, novas declarações de membros da equipe de transição do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, ajudaram a amenizar as preocupações dos investidores.

O coordenador de Orçamento da equipe de transição, ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT), disse que as negociações levarão em conta a responsabilidade fiscal. Ele foi corroborado pelo relator-geral do projeto do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI). A bolsa também subiu porque investidores aproveitaram a queda no preço de determinados papéis para comprarem ações.

No exterior, o dólar caiu perante as principais moedas ainda repercutindo a desaceleração da inflação ao consumidor nos Estados Unidos. Uma inflação menor aumenta as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) manter os juros da maior economia do planeta altos por menos tempo que o previsto. O relaxamento de restrições contra a covid-19 em algumas regiões da China também ajudou os países emergentes nesta sexta-feira

*Agência Brasil/Com informações da Reuters

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