Dieta para salvar o coração: Cardiologista explica como a alimentação pode prevenir infarto e AVC
O cardiologista Dr. Germano Lefundes reforçou que a adoção de hábitos saudáveis não é uma tarefa pontual, mas uma construção contínua que traz benefícios duradouros para a saúde.
Em entrevista ao quadro Momento IDM Cardio programa, o cardiologista Dr. Germano Lefundes discutiu um tema de vital importância: a dieta que pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.
“A dieta milagrosa não existe, mas a alimentação correta pode realmente fazer a diferença na prevenção dessas doenças, que são as que mais matam e causam incapacidade no mundo”, afirmou Dr. Germano.
O médico ressaltou a relação direta entre o que comemos e a nossa saúde cardiovascular. Ele explicou que, ao longo do tempo, hábitos alimentares ruins podem causar danos silenciosos, muitas vezes sem sintomas imediatos.
“O problema é que quando fazemos algo errado na alimentação, a repercussão só é visível anos depois. Assim como uma poupança, os bons hábitos se acumulam e trazem benefícios ao longo prazo. O contrário também é verdadeiro, os maus hábitos têm um impacto negativo a longo prazo”, disse Dr. Germano, alertando sobre as graves consequências de doenças como o infarto e o AVC.
Ao ser questionado sobre as dietas que ele recomenda para garantir uma vida saudável, o cardiologista esclareceu que a ideia de “fazer dieta” como algo temporário é errada.
“Muita gente encara a dieta como um sacrifício temporário, mas precisamos mudar esse conceito. Dieta não é um sacrifício, é uma mudança permanente no padrão alimentar. Isso deve ser visto como um estilo de vida, não como uma tarefa a ser feita para um evento específico”, afirmou.
Para aqueles que buscam uma alimentação mais saudável e benéfica para o coração, Dr. Germano sugeriu algumas abordagens baseadas em dietas comprovadamente eficazes, como a Dieta do Mediterrâneo e a Dieta DASH.
“Essas dietas priorizam o consumo de frutas, verduras, legumes, e reduzem as gorduras saturadas, favorecendo alimentos como peixes, frango e azeite de oliva”, explicou. Além disso, ele destacou que uma alimentação equilibrada precisa atender às necessidades de macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras saudáveis) e micronutrientes essenciais para o funcionamento adequado do organismo.
Para ele, a chave para uma alimentação saudável é evitar mudanças radicais, mas sim fazer ajustes progressivos.
“Não precisamos eliminar tudo de uma vez. Podemos começar por reduzir o consumo de alimentos ultra processados, como refrigerantes e fast food, e ir acrescentando mais frutas e verduras na nossa alimentação”, sugeriu Dr. Germano, enfatizando que a adaptação deve ser gradual.
O cardiologista também abordou mitos alimentares comuns, como a demonização de alimentos como leite e pão.
“Esses alimentos não são prejudiciais a todos. O problema está nos ultra processados, que contêm aditivos prejudiciais e estão relacionados a doenças cardiovasculares e câncer”, disse. Ele alertou ainda sobre os riscos do consumo excessivo de álcool, que é associado a doenças cardíacas e câncer, e reforçou que a qualidade e a quantidade da alimentação devem ser cuidadosamente consideradas.
Em relação ao tipo de dieta que ele segue, Dr. Germano revelou que adota uma alimentação equilibrada, sem radicalismos, priorizando a eliminação de açúcar e a inclusão de alimentos naturais.
“Há alguns anos, tomei a decisão de eliminar o açúcar da minha dieta. Não precisei de grandes mudanças, mas foi um passo importante para garantir minha saúde”, compartilhou o médico, que também aproveitou para cumprimentar amigos e colegas de profissão que celebraram aniversários recentemente.
Para finalizar, ele deixou um recado para os ouvintes: “A alimentação saudável não precisa ser cara. Ela é mais acessível do que muitos alimentos ultra processados que consumimos. A chave é escolher bem os alimentos e entender que a saúde começa no que colocamos no prato todos os dias.”