Dia Nacional de Combate ao Fumo: Pneumologista destaca a luta contra o tabagismo e seus impactos na saúde
O Dia Nacional de Combate ao Fumo reforça a importância da luta contínua contra o tabagismo e o papel vital das campanhas de conscientização
No Dia Nacional de Combate ao Fumo, a pneumologista Dra. Alana de Medeiros destacou a importância dessa data para a conscientização sobre os riscos do tabagismo e a necessidade de ações eficazes para reduzir o uso de cigarro no Brasil. A data, 29 de agosto, marca o encerramento do “Agosto Branco”, um mês dedicado à conscientização sobre o câncer de pulmão.
“Estamos perto de encerrar o mês de conscientização fechando com chave de ouro, com o Dia Nacional de Combate ao Fumo, mais um dia de alerta à população sobre esse mal hábito que ainda está muito presente em nossa sociedade”, ressaltou a doutora.
A Dra. Alana destacou que o cigarro convencional, ainda amplamente consumido, contém substâncias altamente nocivas, como a nicotina, que causa dependência, além de outros produtos químicos perigosos.
“O cigarro é capaz de causar câncer e inflamações a longo prazo, afetando não só os pulmões, mas todos os órgãos do corpo”, alertou.
A médica também fez um alerta sobre os cigarros eletrônicos, que têm ganhado popularidade entre os jovens.
“Não existe cigarro bom ou menos pior. Cigarro é cigarro. A indústria dos cigarros eletrônicos surgiu para ajudar os fumantes de cigarros tradicionais a parar, mas acabou atraindo uma nova geração que não teve acesso às campanhas de conscientização do passado”, explicou.
No processo de cessação do tabagismo, a Dra. Alana enfatizou a importância do acompanhamento médico e psicológico.
“A combinação de aconselhamento em cada consulta com o pneumologista e o apoio de psicólogos é crucial. Além disso, existem medicamentos que podem ajudar a reduzir o desejo de fumar, tornando o processo menos difícil para o paciente”, disse.
A relação entre saúde mental e tabagismo também foi discutida. Segundo a pneumologista, o aumento dos transtornos mentais, especialmente entre os jovens, tem levado muitos a buscar alívio no cigarro.
“Infelizmente, estamos vendo uma ascensão de transtornos mentais que predispõem as pessoas ao uso de substâncias ilícitas, incluindo o cigarro. É crucial entender esse contexto para oferecer alternativas saudáveis que substituam o cigarro como fonte de conforto”, afirmou.
Ao ser questionada sobre a eficácia das campanhas educativas no combate ao tabagismo, Dra. Alana foi enfática ao afirmar que a conscientização é um dos principais caminhos para reduzir o consumo de cigarro.
“O Brasil foi um dos países que mais teve sucesso na redução do tabagismo graças a campanhas educativas. Ainda acredito que a conscientização é o primeiro passo, embora o acesso fácil à informação e à propaganda em redes sociais seja um desafio”, concluiu.