Dia Mundial do Combate ao Câncer de Pulmão: Pneumologista destaca importância da detecção precoce
O Dia Mundial do Combate ao Câncer de Pulmão serve como um lembrete vital para a importância da detecção precoce e do avanço contínuo nas pesquisas e tratamentos da doença.
O dia 1º de agosto é comemorado como o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Pulmão, uma data que ressalta a importância da detecção precoce e do tratamento eficaz da doença. O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte por câncer em todo o mundo, ocupando o primeiro lugar entre os homens e o terceiro lugar entre as mulheres.
Em entrevista ao De Olho na Cidade, a pneumologista Dra. Alana de Medeiros destacou a relevância do dia e as principais estratégias de combate ao câncer de pulmão.
“O tabagismo continua sendo o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. Cerca de 85% dos pacientes diagnosticados com a doença fumam ou já fumaram”, afirmou Dra. Alana. Ela enfatizou que, além da cessação do tabagismo, o acompanhamento médico de rotina é crucial para diagnósticos precoces e tratamentos mais eficazes.
Sobre as chances de cura, Dra. Alana explicou: “Quando falamos sobre chances de cura, temos um espectro muito grande, pois existem diversos tipos de neoplasias pulmonares. Esses tipos são divididos em dois grandes grupos: os carcinomas e os cânceres de pequenas células. O estigma de que um diagnóstico de câncer de pulmão leva inevitavelmente ao óbito nos próximos anos está sendo desconstruído, especialmente com diagnósticos precoces.” Ela destacou que as expectativas de sobrevivência variam de acordo com o tipo e estágio do câncer.
Além do tabagismo, Dra. Alana apontou outros fatores de risco significativos, como exposições ocupacionais e a queima de biomassa.
“O contato com substâncias como amianto, metais pesados e a fumaça resultante da queima de biomassa são também fatores de risco importantes”, explicou.
Os avanços na tecnologia e nos tratamentos têm proporcionado grandes melhorias no combate ao câncer de pulmão.
“Nos últimos anos, houve uma grande evolução no diagnóstico e tratamento. Técnicas como a biópsia líquida e a punção guiada por tomografia permitem diagnósticos mais precisos e menos invasivos”, relatou Dra. Alana. Ela também mencionou inovações como a radioterapia com intensidade modulada, a cirurgia robótica e a imunoterapia, que têm melhorado significativamente os resultados dos tratamentos.
Para melhorar a conscientização e a detecção precoce, Dra. Alana sugere que a comunidade médica e as instituições de ensino desempenhem papéis ativos.
“É fundamental que haja campanhas de rastreamento, especialmente para indivíduos que fumam ou que pararam há menos de quinze anos. Aqui na Bahia, iniciativas como a carreta para pulmão têm realizado exames importantes”, destacou. Ela também enfatizou a necessidade de mobilização das instituições de ensino para promover eventos de conscientização e atualização sobre os avanços no tratamento do câncer de pulmão.
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