Dia Mundial do Braille: há quase 200 anos auxiliando pessoas cegas
Hoje (4) é Dia Mundial do Braille, ferramenta fundamental para a alfabetização e a independência de cegos e pessoas com baixa visão. O sistema está completando 198 anos e passou a permitir a escrita e a leitura por pessoas cegas ou com baixa visão e foi criado em 1825 pelo francês Louis Braille, cego aos […]
Hoje (4) é Dia Mundial do Braille, ferramenta fundamental para a alfabetização e a independência de cegos e pessoas com baixa visão. O sistema está completando 198 anos e passou a permitir a escrita e a leitura por pessoas cegas ou com baixa visão e foi criado em 1825 pelo francês Louis Braille, cego aos três anos de idade devido a um acidente que causou a infecção dos dois olhos.
O sistema, formado por símbolos alfabéticos e numéricos, possibilitam a escrita e leitura, por meio da combinação de um a seis pontos. A leitura, com uma ou ambas as mãos, se faz da esquerda para a direita. Os pontos em relevo obedecem a medidas padrão e a dimensão da cela braille corresponde à unidade de percepção da ponta dos dedos. No Brasil, foi introduzido por José Álvares de Azevedo, idealizador da primeira escola para o ensino de cegos no país, o Imperial Instituto de Meninos Cegos, atual Benjamin Constant. No dia 8 de abril, aniversário de Azevedo, é comemorado o Dia Nacional do Braille.
O último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, mostra que existem no Brasil mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 506 mil cegas e cerca de 6 milhões com baixa visão. Entre as pessoas cegas, 110 mil com 15 anos ou mais de idade não são alfabetizadas. Entre as pessoas com baixa visão, 1,5 milhão não sabem ler ou escrever. Isso significa dizer que cerca de uma em cada quatro pessoas (25%) com alguma deficiência visual era considerada não alfabetizada. Um índice maior do que o da população em geral, que em 2010 era de aproximadamente 8% para essa faixa etária.
Raquel Gerino é formada em pedagogia e professora do Centro Municipal Integrado de Educação., em Feira de Santana. Para ela, o sistema Braille também é essencial na hora de abrir portas no mercado de trabalho.
“É uma data super importante, porque eu considero o braille como o principal meio de comunicação escrita para as pessoas cegas. É de extrema importância, porque temos acesso à educação, conhecimento e alcançamos espaço dentro do mercado de trabalho”, explicou.
*Agência Brasil\\ com informações do repórter Rafael Marques