Dia dos Pais: Paternidade contemporânea precisa cultivar o acolhimento
Durante roda de conversa, discute-se o papel dos pais nos tempos modernos
Com a presença cada vez mais evidente de eletrônicos, e objetos tecnológicos, os tempos atuais impõem novos desafios às famílias. No especial dia dos pais, o programa Jornal do Meio Dia, apresentado por Danillo Freitas na Princesa FM (96.9), reuniu pais e psicólogos para debater sobre o assunto.
Segundo o psicólogo e professor Valmir Mota, o papel da paternidade mudou ao longo dos anos, deixando de ser algo punitivo e ganhando caráter mais acolhedor.
“Uma boa criação precisa do vínculo emocional do pai e da mãe com a criança ou com o adolescente, também precisa de limites, regras e acordos, sem isso tudo vira uma bagunça. Quando o pai diz uma coisa que não foi estabelecido como regra, a comunicação vira um desencontro”, explica.
Além disso, Valmir explica que o grande desafio é escutar ativamente os filhos, com atenção às suas emoções. Para o psicólogo, a ligação que deve existir entre filhos e pais, é o grande remédio, entendendo que pais não são perfeitos, e podem errar. Também é importante que o perdão seja normalizado, pois não tira autoridade paterna, mas contribui com o respeito dos filhos com os pais
“Uma vez meu filho me pediu permissão para ir a um evento grande em São Paulo, eu e minha esposa ficamos receosos, mas quando eu conversei com meu filho ele disse ‘Pai, confia em tudo que o senhor me ensinou. Ou o senhor e minha mãe acreditam na criação que me deram, ou está tudo perdido’”, relata o psicólogo, enfatizando a confiança que os pais devem ter em seus filhos.
Em concordância, o professor de física do colégio Santo Antônio, Robert Leite, relatou que é importante que pais conversem com seus filhos sobre a importância do convívio social e os limites que precisam ser impostos em relação ao uso de tecnologias.
“Durante a correria da nossa rotina diária, tentamos sempre ficar juntos. Mesmo com a tecnologia, temos um acordo de sempre buscar um ambiente mais familiar, estando presente na mesa, buscando atividades de lazer em família, conversando sobre a nossa rotina”.
Segundo a filha de Robert Leite, a adolescente de 14 anos, Maria Eduarda, destacou que a sua relação com a família sempre foi acolhedora: “Conversamos sobre o dia a dia, damos dicas, e é totalmente normal”, pontua. Além de Maria Eduarda, Robert Leite também tem uma filha de 6 anos, Maria Alice.
A roda de conversa conclui que pais devem estabelecer cada vez mais relação de carinho e acolhimento sincero entre seus filhos. Cultivando a confiança, e a escuta ativa, as relações paternais serão criadas de maneira saudável e feliz para todo o ambiente familiar.