Dia de Conscientização da Doença Falciforme destaca importância do diagnóstico precoce
A conscientização sobre a doença falciforme é essencial para garantir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes.
A doença falciforme, uma das doenças genéticas mais comuns no Brasil, apresenta sua maior taxa de incidência no estado da Bahia. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se que a cada 650 nascidos vivos, um é diagnosticado com a doença, e a cada 17 nascimentos, um apresenta o traço da condição. Hoje, 19 de junho, é lembrado o Dia Internacional de Conscientização sobre a Doença Falciforme, criado pela ONU em 2008, com o objetivo de destacar o número significativo de portadores e as complicações associadas à doença.
Luciana Lima, coordenadora do Programa Mundial de Apoio à Pessoa com Doença Falciforme em Feira de Santana, falou sobre o tratamento e as características da doença.
“A doença falciforme é uma condição genética hereditária. A pessoa nasce com a doença se um dos pais tem a doença ou o traço da condição. O diagnóstico é feito através da triagem neonatal, conhecida como teste do pezinho”, explicou.
Em Feira de Santana, após o diagnóstico, os pacientes são encaminhados para acompanhamento e tratamento.
“É uma doença grave que requer muita atenção e cuidado por ser uma doença do sangue. Não tem relação com leucemia ou câncer, embora muitas pessoas confundam. A cura, quando possível, ocorre através de um transplante de medula óssea, o que não é um procedimento simples”, esclareceu.
A coordenadora ressaltou a importância do programa de apoio em Feira de Santana, que oferece assistência completa aos pacientes.
“O paciente pode procurar diretamente a unidade de saúde, mas recomendamos que inicialmente vá à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência. Lá, a enfermeira solicitará o exame de eletroforese de hemoglobina para o diagnóstico e encaminhará o paciente para o nosso programa”, orientou.
O tratamento da doença falciforme é contínuo e envolve o uso de medicações ao longo da vida para evitar crises.
“A doença causa dores nas articulações, olhos amarelados, síndrome torácica aguda, AVC, e em alguns casos, úlceras nas pernas. Portanto, requer muita atenção e cuidado”, concluiu.
*Com informações do repórter Rafael Marques