Dia de combate ao afogamento: professor alerta sobre riscos de acidentes
Em entrevista ao programa Jornal do Meio Dia, apresentado por Jorge Biancchi na rádio Princesa FM (96.9), o professor de Educação Física e especialista em atividades aquáticas, Rodrigo Araújo, explicou a importância da disseminação de informações a respeito dos cuidados necessários para prevenção de afogamentos
O afogamento é uma das principais causas de morte entre crianças e adolescentes no mundo atualmente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 236 mil pessoas morrem afogadas por ano. E, tendo em vista o aumento da conscientização sobre o tema, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) consagrou o dia 25 de julho como o Dia Mundial da Prevenção do Afogamento.
Em entrevista ao programa Jornal do Meio Dia, apresentado por Jorge Biancchi na rádio Princesa FM (96.9), o professor de Educação Física e especialista em atividades aquáticas, Rodrigo Araújo, explicou a importância da disseminação de informações a respeito dos cuidados necessários para prevenção de afogamentos.
“ Todas as informações voltadas para prevenção, como a questão de entrar em ambientes aquáticos diversos, por exemplo, piscina e mar; preocupação também com vasilhames, que podem gerar filetes de água e que podem provocar o afogamento dentro de casa… Tudo isso é importante.”
Rodrigo destaca que um dos maiores fatores influentes nos acidentes aquáticos, principalmente entre as crianças, é a desatenção dos responsáveis que se dispersam com o uso indevido de aparelhos eletrônicos. Portanto, é indicado que as famílias se mantenham melhor informadas e atentas às suas crianças.
“ Precisamos também que as questões de segurança sejam trabalhadas na educação básica, com a intenção de colocar as crianças nas aulas de natação.”
Além do conhecimento para familiares e responsáveis, é indispensável o ato de proporcionar conhecimento aos jovens de todas as idades. Entretanto, o professor pontua a importância do auxílio de políticas públicas no processo, já que as famílias de baixa renda são privadas de acessibilidade.
“Só assim elas ficarão melhor protegidas e seguras de acordo com as orientações: Não adentrar em mar aberto sem as técnicas de natação mais apropriadas, observar se o mar está com bandeira vermelha, que proíbe banho devido as correntezas; e nunca mergulhar de cabeça, para evitar choque com o fundo da piscina. “
Por fim, vale ressaltar a carência de fiscalização e preocupação com a segurança do espaço físico.
“ As estruturas a nível de piscina são adequadas para o banho, com certeza para o lazer mas, em contrapartida, a gente não vê dentro dos condomínios um salva-vidas, um profissional adequado para se manter a postos e evitar qualquer tipo de situação. Muitas vezes vemos ali um fiscal de área que faz um serviço de cumprimento de regras do próprio condomínio, porém dificilmente vemos alguém com os conhecimentos técnicos básicos para um socorro urgente.”