Polícia

Delegado aponta facção como possível responsável por morte de motorista

O caso aparenta ter ligação com outro desaparecimento.

23/01/2023 13h34
Delegado aponta facção como possível responsável por morte de motorista
Foto: Reprodução

O motorista de aplicativo Marcos Oliveira Sampaio, que estava desaparecido desde sexta-feira(20), foi encontrado morto em Amélia Rodrigues. A vítima desapareceu por volta das 10h, após aceitar uma corrida.

O coordenador Geral da 3ª Coorpin de Santo Amaro, Delegado Rafael Almeida, aponta que uma facção criminosa pode está por trás do crime. “O que podemos retirar da investigação é que alguns indivíduos ligados a uma facção criminosa estavam cooptando esses veículos para cometer outros delitos. Só que, infelizmente, escolheram ceifar a vida dos motoristas para conseguir o veículo. No final das contas, abandonaram os veículos”, disse o delegado ao De Olho na Cidade.

Foram os familiares de Marcos Oliveira que por conta própria rastrearam o aparelho celular do desaparecido, e chegaram a uma casa abandonada, no povoado de São Roque, em Amélia Rodrigues.


No local, foi encontrado o celular e objetos pessoais de Marcos Oliveira, indicando possível cárcere privado. Na manhã de domingo (22), o veículo de Marcos foi rastreado na cidade de Coração de Maria, e na noite do mesmo dia, foi localizado uma cova rasa, nas proximidades de São Roque, onde foi encontrado e identificado o corpo do motorista.

O caso aparenta estar relacionado a outro, com semelhanças notáveis. Próximo a um pedágio de Amélia Rodrigues, no povoado de Engenho Novo, foi encontrado um veículo Vectra preto, pertencente a outro motorista, da cidade de Santo Amaro.

No mesmo local onde foi encontrado o celular e itens pessoais de Marcos, também estavam objetos pertencentes ao motorista do Vectra: “A história então se complica um pouco, porque são dois casos em um, e provavelmente os dois foram mantidos em cárcere privado naquela localidade do povoado de São Roque”, pontua.

Com a morte confirmada, as investigações continuam: “Trabalhamos na linha que foi um latrocínio, já temos a identificação de alguns envolvidos na situação, agora estamos trabalhando na parte de conseguir as cautelares junto à justiça para a captura desses indivíduos”.

Segundo o delegado, a investigação está sendo feita para ser solucionada o quanto antes:

“Embora já tenhamos algumas identificações, há aquela velha ‘lei do silêncio’. Nessas localidades, eles agem ameaçando a população, ficando difícil conseguir informações. Mas nós temos outros meios, através de operações de inteligência, as próprias secretarias de segurança pública já tomaram conhecimento do caso e disponibilizaram aparatos”, destaca o delegado.

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