Delegada detalha ação conjunta que resultou na recaptura de detentos que fugiram do Conjunto Penal de Feira de Santana
As diligências seguem em andamento e a direção do Conjunto Penal informou que a segurança foi reforçada.
Após a fuga de três detentos do Conjunto Penal de Feira de Santana na madrugada desta quarta-feira (25), a delegada Klaudine Passos, delegada adjunta da unidade, falou sobre a operação que resultou na rápida recaptura dos fugitivos. Em uma ação integrada entre as forças de segurança, Polícia Civil, Polícia Penal e Polícia Militar, os detentos foram localizados ainda pela manhã no povoado de Terra Dura, distrito de Humildes, na zona rural da cidade.
“Chegamos aqui desde a madrugada, após a notícia da fuga. A princípio, acreditava-se que quatro presos haviam escapado, mas, posteriormente, foi confirmado que foram três. Esses três detentos foram devidamente recapturados em uma operação conjunta, um trabalho muito bem articulado entre as forças policiais de Feira de Santana”, destacou a delegada.
Segundo Klaudine Passos, os fugitivos foram encontrados no momento em que tentavam deixar a cidade.
“Nós já tínhamos informações de que eles estariam em Terra Dura, e foi lá que conseguimos interceptá-los quando tentavam evadir-se através de um transporte”, relatou.
Ainda não há confirmação oficial sobre como os detentos conseguiram sair da cela, mas os indícios apontam para a existência de um orifício na parede da cela 16, onde eles estavam custodiados com outros seis internos.
“Alguns presos afirmam que eles escaparam por um orifício na cela, mas precisamos da prova técnica para confirmar essa versão. Cada interno tem contado uma versão diferente, e só com a perícia poderemos afirmar com certeza como se deu a fuga”, explicou a delegada.
Ela acrescentou que cordas e ferros podem ter sido utilizados pelos internos durante a ação.
“Um dos internos mencionou o uso de cordas e ferros para facilitar a fuga. Esse é um dado importante que está sendo considerado na investigação”, disse.
Questionada sobre a motivação da fuga, Klaudine e explicou que estão ouvindo outros internos.
“Na verdade, quem está preso quer sair. Ainda não temos uma motivação clara além dessa lógica, mas estamos ouvindo os demais internos da cela e também os recapturados para entender melhor o contexto.”
Sobre possíveis ligações entre os detentos e facções criminosas, a delegada afirmou que ainda é cedo para conclusões.
“O pavilhão 10 abriga pessoas de diferentes facções. Estamos tentando entender se houve algum tipo de articulação interna. Cada interno está falando uma coisa. Vamos montar esse quebra-cabeça com cautela.”
*Com informações do repórter Matheus Gabriel
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