Cuidados com o coração em 2025: especialista orienta sobre obesidade e qualidade de vida
O ano novo é um convite para mudanças, e, segundo o cardiologista, a jornada para um coração saudável começa com escolhas simples e consistentes.
Com o início do novo ano, muitos aproveitam o clima de renovação para refletir sobre a saúde e adotar hábitos que melhorem a qualidade de vida. Entretanto, a obesidade, tema que carrega estigmas e desafios, continua sendo um dos maiores obstáculos para alcançar um coração saudável. Para discutir o assunto, o cardiologista Dr. Germano Lefunes compartilhou orientações sobre como iniciar 2025 com o “pé direito”.
“Obesidade é uma doença complexa e multifatorial”, explica o médico. Ele destaca que, ao contrário do que muitos acreditam, a condição não está apenas associada ao excesso de comida ou à falta de atividade. “Existem fatores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para o ganho progressivo de peso. Além disso, o metabolismo de quem tem obesidade é mais lento, e hormônios responsáveis pela saciedade muitas vezes não funcionam corretamente, dificultando a perda de peso”, pontuou.
Dr. Germano reforça a influência do ambiente nas escolhas alimentares e no estilo de vida.
“Vivemos em um ambiente obesogênico, com uma oferta enorme de alimentos ultraprocessados e hipercalóricos, além de um contexto que favorece o sedentarismo. Isso amplifica o problema”, afirmou. Ele ainda destaca o papel do ambiente doméstico: “O que colocamos dentro de casa também faz diferença. Se mantemos frutas e alimentos saudáveis acessíveis, é mais fácil optar por eles em momentos de ansiedade ou fome”.
Sobre as promessas de ano novo, o cardiologista alerta para as metas irreais. “Muitas vezes, as pessoas estipulam metas difíceis de atingir, como perder grandes quantidades de peso em pouco tempo, e isso leva à frustração. O ideal é adotar mudanças graduais e consistentes. Uma perda de apenas 5% do peso corporal já traz benefícios significativos para a saúde”, orientou.
Ele também sugere um olhar mais amplo sobre o emagrecimento, desvinculando-o exclusivamente da estética.
“A perda de peso traz benefícios muito maiores do que apenas melhorar a aparência. Ela reduz os riscos de diabetes, hipertensão e problemas articulares, melhorando a qualidade de vida e a longevidade. Estética é importante, mas deve ser encarada como um benefício secundário”, enfatizou.
Dr. Germano concluiu com uma mensagem de motivação: “Para começar, não precisamos esperar as condições perfeitas. Não é necessário o melhor tênis ou a dieta ideal. O importante é começar. Pequenas mudanças, como trocar alimentos ultraprocessados por opções mais saudáveis, já fazem diferença. A chave está em implementar essas ações progressivamente, sem perder o foco na saúde e na qualidade de vida”.