Coordenador do IBGE explica como o Censo 2022 captou novas etnias e idiomas
IBGE amplia alcance do Censo 2022 e reconhece novas comunidades tradicionais

O coordenador do IBGE em Feira de Santana, Thiago Pimentel, destacou a importância dos dados obtidos pelo Censo Demográfico de 2022, especialmente no que diz respeito à ampliação do reconhecimento de etnias indígenas, quilombolas e idiomas tradicionais no país.
Segundo ele, o levantamento foi adiado para 2022 devido à pandemia da Covid-19, mas manteve sua abrangência, sendo a única operação estatística que visita todos os domicílios do Brasil.
“Esses dados são resultado do levantamento realizado no Censo Demográfico. Ele é feito a cada dez anos, e, por conta da pandemia, o de 2020 precisou ser adiado para 2022. O Censo é a única operação em que vamos a todos os domicílios do país”, explicou.
O coordenador ressaltou que, ao longo dos anos, o questionário do IBGE tem passado por evoluções significativas, incorporando novos temas e permitindo maior representatividade de povos e comunidades tradicionais.
“Entre as perguntas do Censo, fazemos questionamentos sobre etnias, indígenas e quilombolas. Esses temas vêm sendo adicionados e aprimorados ao longo dos anos para abarcar melhor a complexidade dessas populações”, destacou.
Uma das principais inovações do Censo 2022 foi a forma aberta de coleta das informações sobre etnias e idiomas, que deixou de se restringir a uma lista pré-definida, permitindo que o próprio morador se autodeclarasse.
“A grande diferença em relação ao Censo 2010 foi que conseguimos deixar a pergunta mais aberta. Não fechamos as opções de etnias e idiomas a uma listagem fixa; o recenseador podia digitar o que o informante declarasse. Isso possibilitou registrar novas etnias e novas linguagens com base na autodeclaração dos próprios indivíduos”, explicou o coordenador.
Com essa mudança, o IBGE ampliou a diversidade cultural e linguística registrada oficialmente, fortalecendo a compreensão sobre as origens e identidades do povo brasileiro.
“Essa abertura foi fundamental para captar a riqueza e a complexidade dos povos tradicionais do país”, concluiu.
*Com informações do repórter Robson Nascimento






