Conheça a origem das festividades em homenagem à Sant’Ana, padroeira de Feira
As comemorações acontecem nesta quarta-feira (26)
Feriado municipal, este 26 de julho (quarta) é consagrado a Senhora Santana, padroeira de Feira de Santana. As comemorações, iniciadas com o novenário, desde o dia 17, culminam amanhã com a tradicional procissão, às 16 horas, tendo como ponto de partida a Catedral Metropolitana, na Praça Padre Ovídio. São aproximadamente duas horas de caminhada, em percurso que envolve as avenidas Presidente Dutra, Senhor dos Passos e Getúlio Vargas, além da rua Conselheiro Franco, de onde o cortejo retorna para a igreja. A organização do evento estima um público superior a 60 mil fiéis.
Segundo o jornalista e pesquisador da história de Feira, Adilson Simas, em crônica veiculada na mídia local, a primeira referência oficial sobre a Festa de Santana data de 1868, “mas a sua realização vem de tempos mais distantes, ainda na capelinha dos Olhos D’Água, de Domingos e Ana Brandão” (teriam sido os primeiros residentes locais). Ele relata que, deste local, a festa passou para a capelinha do Padre Antonio Tavares, “o sacerdote que confessou Lucas”, onde hoje se ergue a Catedral Metropolitana – antigamente denominada Igreja Matriz, cuja construção foi iniciada por padre Ovídio de São Boaventura e concluída por monsenhor Tertuliano Carneiro.
Conforme o jornalista, desde que surgiu, a Festa de Santana dividia-se em religiosa e a profana, esta realizada através dos bandos anunciadores formados por jovens mascarados que, montados em seus cavalos percorriam as ruas da cidade para fazer o anúncio. Havia, ainda, a lavagem da igreja e a levagem da lenha.
A lavagem, dias antes da data comemorativa, era feita por homens, mulheres e crianças que se dirigiam para a igreja com latas, baldes e outros vasilhames e faziam a lavagem do templo. Ao entardecer, acompanhados por músicos, todos percorriam as ruas com as latas na cabeça. A levagem, acontecia na véspera da procissão e consistia no vai e vem das pessoas carregando lenha para uma enorme fogueira acesa em frente à igreja – naquela época, a cidade ainda não tinha energia elétrica.
*Com informações da Ascom CMFS