Conclave: baiano alerta para risco de assaltos em Roma
O baiano Ricardo Ferraz, que vive em Roma há cerca de 14 anos, afirma que já foi vítima mais de uma vez.
Apesar da imagem romântica e turística da capital italiana, a realidade vivida por alguns brasileiros que ali residem pode ser bem diferente do que muitos imaginam. O baiano Ricardo Ferraz, que vive em Roma há cerca de 14 anos, faz um alerta direto: a violência é semelhante à do Brasil — e ele mesmo já foi vítima mais de uma vez.
“Já fui roubado três vezes só este ano”, conta Ricardo. “Arrombaram meu furgão, onde estavam todas as minhas ferramentas de trabalho. Foi num dia normal, quatro e meia da tarde, em uma via movimentada. Em cinco minutos, levaram tudo.”
O prejuízo, segundo ele, ultrapassa os 20 mil euros, o equivalente a mais de 120 mil reais.
“O lucro foi embora. Hoje eu trabalho para repor o prejuízo. Não tem essa de lucro. Só quem já passou por isso sabe a dor que é.”
Ricardo, que trabalha com construção civil e é dono de uma empresa no setor, conta que essa foi apenas uma das várias vezes em que foi alvo de criminosos.
“Nos últimos dois anos fui roubado quatro vezes. Roma não é essa cidade dos sonhos como muita gente pensa. Não dá pra vacilar.”
Mesmo com a moeda forte e oportunidades de trabalho, o baiano reforça que não existe paraíso.
“O pessoal fala que o Brasil é violento, mas aqui é igual. A diferença é pequena. O problema é que ninguém fala disso.”
Apesar de tudo, Ricardo segue trabalhando ao lado do irmão Marcos Ferraz. E não perde o sonho de um dia retornar ao Brasil. “Minha casa é o Brasil. Quero voltar, mas só quando eu tiver recuperado tudo que perdi. Com prejuízo desse tamanho, tem que esperar mais um pouco.”
*Com informações de Jorge Biancchi, direto de Roma