Como as locações se adaptam ao novo jeito de morar: especialista explica tendências e oportunidades
Imóveis residenciais continua aquecida, especialmente por causa dos juros altos, que dificultam o financiamento e levam muita gente a optar pelo aluguel.

O mercado imobiliário vive uma transformação impulsionada por novos hábitos, avanços tecnológicos e a busca por maior praticidade no dia a dia. Durante entrevista no quadro Imóveis em Pauta, o especialista Humberto Mascarenhas detalhou como o chamado “novo jeito de morar” está influenciando diretamente as locações e criando novas oportunidades para inquilinos e investidores.
Humberto explicou que a demanda por imóveis residenciais continua aquecida, especialmente por causa dos juros altos, que dificultam o financiamento e levam muita gente a optar pelo aluguel.
“O mercado de locação está em alta. A locação é mais flexível e isso atrai cada vez mais pessoas”, destacou.
Um dos pilares desse novo comportamento são as locações mais dinâmicas, que fogem do padrão tradicional de 30 meses. O especialista aponta o crescimento expressivo do short stay, modelo de aluguel por períodos curtos.
“A locação por temporada é uma forte tendência. A pessoa pode alugar por um dia, um final de semana, uma semana ou um mês. É o tipo de locação que mais tem crescido nos últimos anos”, explicou.
Ele também destacou a modalidade de curta temporada, com duração de até 90 dias, muito usada por profissionais que precisam permanecer temporariamente em outra cidade.
“É ideal para quem vai instalar um produto, oferecer treinamento ou prestar serviço por alguns meses”, disse.
Outra mudança clara é a alta procura por imóveis mobiliados ou semimobiliados. Humberto resume essa tendência em uma frase: praticidade.
“Quanto mais itens tiver no imóvel, maior será a liquidez. As pessoas querem entrar e só trazer as roupas”, afirmou.
Segundo ele, deixar o imóvel vazio, sem piso ou sem armários, dificulta a locação e pode deixá-lo parado por meses. Modernização, decoração simples e itens básicos podem fazer toda diferença.
A tecnologia também se tornou indispensável na escolha de um imóvel. Fechaduras eletrônicas, câmeras de segurança, internet de alta qualidade e até energia fotovoltaica são hoje atrativos importantes.
“Uma fechadura eletrônica tem custo baixo e aumenta muito a atratividade e internet de alta qualidade pesa bastante na escolha do inquilino”, pontuou.
Para quem quer investir em imóveis para renda, Humberto reforça a importância de considerar o entorno.
“Procure estar perto de faculdades, escolas, indústrias ou do centro da cidade. Isso garante demanda e velocidade na locação”.
O especialista também abordou soluções tecnológicas que eliminam a necessidade de fiador ou caução, facilitando o processo para ambos os lados.
“Existem empresas que permitem alugar sem fiador e sem caução. Isso desbloqueia o processo e acelera a locação sem perder segurança”, explicou.
Quais imóveis têm mais dificuldade de alugar?
Humberto foi direto: os imóveis desatualizados.
“Imóveis mal cuidados, antigos e sem modernização têm alta vacância. Aparência conta muito. Um bom retrofit pode aumentar a velocidade da locação em mais de 50%”, alertou.
Pequenos ajustes, como iluminação moderna, armários planejados e até plantas decorativas podem tornar o ambiente mais atraente.
Para ter renda passiva consistente e segura, o especialista sugere uma combinação de fatores: localização, modernização e tecnologia. E acrescenta a importância do suporte profissional:
“O ideal é ter uma empresa especializada para orientar, dar consultoria e garantir que seu imóvel gere a máxima rentabilidade”.
Humberto concluiu reforçando que o novo jeito de morar exige imóveis modernos, práticos e bem cuidados.
“As pessoas estão cada vez mais interessadas em imóveis atualizados. Às vezes um imóvel antigo, mas bem modernizado, loca mais rápido do que um imóvel novo sem ajustes”, afirmou.








